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Senegal/Guiné-Bissau

Crise política no Senegal terá “reflexos na Guiné-Bissau”

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, considera que a crise política que se vive no Senegal “é preocupante” e terá “reflexos na Guiné-Bissau”.

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, considera que a situação política que se vive no Senegal “é preocupante” e terá “reflexos na Guiné-Bissau”.
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, considera que a situação política que se vive no Senegal “é preocupante” e terá “reflexos na Guiné-Bissau”. AFP - JOHN WESSELS
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O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos reagiu à decisão do chefe de Estado Macky Sall ter adiado as eleições presidenciais no Senegal, admitindo a possibilidade deste cenário se poder repetir na Guiné-Bissau.

“Nós estamos a falar de um Presidente da República que tem como um dos seus melhores amigos o Presidente da Guiné-Bissau. Tudo o que Macky Sall faz é tido como um exemplo a copiar na Guiné-Bissau. É o que o senhor Presidente Umaro Sissoco Embaló tem feito. Aliás, ele considera o Presidente Macky Sall como pai político e não hesita em copiar esses maus exemplos para a Guiné-Bissau”, denunciou.

Em declarações à agência de notícias Lusa, Bubacar Turé fala num pacto entre os dois chefes de Estado para “confiscarem a democracia” e para se “perpetuarem no poder”.

“[No que refere] à situação democrática, a instabilidade política, a repressão dos opositores e dos activistas de direitos humanos, parece-me que há um pacto-digamos assim- entre os dois Presidentes, porque aquilo que se tem passado no Senegal, é o que está a acontecer na Guiné-Bissau”, reiterou.

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos acredita que a instabilidade política que se vive hoje no Senegal vai repercutir-se na sub-região, nomeadamente nos países vizinhos.

“A Guiné-Bissau tem uma dependência directa em relação ao Senegal e isso vai agravar a nossa situação económica e social”, detalha.

Porém, o ativista e analista político guineense reconhece que “há uma grande diferença entre os dois países”, sublinhando que “existe no Senegal (…) um povo lúcido que faz uma forte oposição em relação aos planos ditatoriais do regime”.

Bubacar Turé considera que na Guiné-Bissau a situação é muito mais confusa. “Temos forças políticas em confronto permanente, associadas ao aumento da criminalidade organizada-que tem sido denunciada pelos próprios actores políticos”.

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