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Cabo Verde

Professores em greve pelo segundo dia consecutivo em Cabo Verde

Em Cabo Verde, os professores cumprem hoje o segundo dia de greve por um período indeterminado. Os docentes exigem melhores salários.

Já em finais de Novembro, os professores tinham observado uma greve nacional de dois dias para reclamar melhores salários.
Já em finais de Novembro, os professores tinham observado uma greve nacional de dois dias para reclamar melhores salários. © Odair Santos /RFI
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Os professores afectos ao Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) iniciaram uma greve por um período indeterminado, por falta de acordo com o Ministério da Educação sobre as reivindicações ligadas ao aumento salarial. O Sindprof apresentou uma proposta com o pedido de aumento salarial de 78.678 escudos (cerca de 713 euros) para 107.471 escudos (cerca de 974 euros) de salário base, o que não foi aceite na última reunião com o Ministério da Educação e Direcção-geral do Trabalho. Lígia Herbert, presidente do Sindprof, lembra que há professores que recebem um salário mínimo de 15 mil escudos (cerca de 136 euros).

“Nós devemos chamar atenção que existem professores que auferem um salário líquido de 15 mil escudos, outros 20 mil, 22 mil e por aí a fora. De 1 até 10 nós temos professores com diferentes níveis salariais”, destacou a responsável sindical.

Já o Sindicato Nacional dos Professores (SINDEP) apresentou uma proposta ao Ministério da Educação para um reajuste salarial anual de 1%, a entrar em vigor a partir de 1 de Janeiro, enquanto aguarda a aprovação do novo Estatuto da classe. Em resposta, o Ministro da Educação, Amadeu Cruz, esclareceu que o aumento não foi previsto no Orçamento do Estado para 2024, mas manifestou a intenção de analisar a viabilidade da medida.

“O aumento não foi contemplado no Orçamento de Estado para 2024, mas estaremos na disponibilidade de ver esta questão com o departamento governamental competente para vermos se é possível, de facto, no quadro de elaboração do novo estatuto da carreira docente contemplar o princípio de retroactividade do aumento salarial”, disse o Ministro da Educação, Amadeu Cruz.

Os professores reivindicam, ainda, a conclusão de reclassificações, promoção automática, regularização da atribuição dos subsídios por não-redução da carga horária até 2024, melhorar a carreira dos mestres, doutores e professores universitários, regularização da carreira das educadoras de infância, regularização do processo de transição dos professores e revisão do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente.

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