Cabo Verde: professores partem para greve em todas as ilhas
Em Cabo Verde, os professores vão fazer uma greve e uma manifestação no próximo dia 23 de Março, a nível nacional, devido à falta de entendimento com o Ministério da Educação. O encontro entre as partes, mediado pela Direcção Geral do Trabalho, não surtiu efeitos.
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O Presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Jorge Cardoso, disse, em declarações à imprensa, que o Ministério da Educação não apresentou o cronograma de resolução das pendências dos professores, por isso, mantém a decisão da realização da greve e manifestação em todas as ilhas na próxima quarta-feira.
"Evidentemente que sim. Mantemos porque não houve nada. Os representantes do Ministério da Educação vieram com uma mão aberta, com nada, e não se podia negociar, portanto, nós ficámos de mãos atrás, ou seja, recebemos um nada por parte do Ministério da Educação", começou por referir Jorge Cardoso.
O Presidente do Sindicato Nacional dos Professores reiterou que existiu um compromisso que não foi cumprido: "Havia um compromisso do senhor ministro da Educação, inclusive, ele incumbiu o senhor director-geral em trabalhar para nos entregar até meados do mês de Março o cronograma de resolução das pendências. Já o senhor director recusou peremptoriamente, dizendo que esse é um trabalho técnico, que não irá apresentar, portanto, aos sindicatos".
A classe docente cabo-verdiana exige do governo reclassificações pendentes de 2016 a 2021, publicação de aposentações, descongelamento na carreira desde 2014, reajuste salarial e pagamento de subsídios por não redução da carga horária.
A partir da ilha do Sal, onde se encontra, o ministro da Educação, Amadeu Cruz, já disse que não vê fundamentos, nem argumentos para a anunciada greve e manifestação nacional dos professores.
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