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Moçambique

Comando da PRM pede desculpas pelas mortes provocadas pelos seus agentes

Em Moçambique, o comandante Geral da Polícia pede desculpas aos familiares dos feridos e dos mortos na sequência dos confrontos entre a polícia e populares, nas sextas eleições autárquicas de 11 de Outubro. Para a polícia, as mortes, cujos números oficiais não são conhecidos, não foram premeditadas.

Bernardino Rafael, Comandante da Polícia em Maputo (Fotografia de ilustração)
Bernardino Rafael, Comandante da Polícia em Maputo (Fotografia de ilustração) RFI/Orfeu Lisboa
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O pedido de desculpas foi publicamente apresentado ontem por Bernardino Rafael, Comandante Geral da Policia da República de Moçambique, durante um encontro com a população de Chiúre, na província de Cabo Delgado, onde a 12 de Outubro último, um jovem foi mortalmente baleado pela corporação na sequência das eleições municipais.

"A polícia lamenta esta ocorrência, e com muito respeito, amor à vida, carinho que temos pela família, nós policia da República de Moçambique, não temos vergonha de dizer que pedimos desculpas por este incidente e não só daqui e vários incidentes, porque foram incidentes do percurso da reposição da ordem e segurança pública e não previamente preparados para acontecer", disse o responsável referindo-se ao trágico balanço dos incidentes registados durante o escrutínio e nos dias a seguir, com protestos a serem severamente reprimidos pela polícia em diversos pontos do país. Fontes da sociedade civil deram conta de vários mortos e todo o território, mas as autoridades não forneceram dados exactos sobre o sucedido.

Durante este encontro popular em que também pediu prontidão da polícia na perspectiva da quadra festiva, Bernardino Rafael, deu ainda conta da sua preocupação face às consequências da desinformação em torno da cólera.

De acordo com este responsável, cinco pessoas morreram e outras vinte e seis ficaram feridas, este ano, em todo o país, em distúrbios provocados por boatos sobre a origem da cólera. Estas situações que segundo as autoridades, têm acontecido principalmente nos distritos de Chiure, Montepuez e Namuno, na província Cabo Delgado, onde foram registados 26 casos desta natureza, visaram essencialmente técnicos de saúde.

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