Marine Le Pen fora da Web Summit
Depois de muitas críticas do convite feito a Marine Le Pen para estar na Web Summit, o fundador desta cimeira de tecnologia e empreendedorismo acaba de anunciar, via twitter, que o convite foi cancelado.
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"É claro para mim que a decisão correcta é anular o convite feito a Marine Le Pen", anunciou o CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave, através da conta do Twitter.
A decisão de retirar o convite foi baseada nas várias reacções que se registaram nas redes sociais de um dia para o outro. O fundador da Web Summit conclui que "a presença [de Le Pen] é desrespeitosa em particular no país anfitrião. É também desrespeitosa para muitos das dezenas de milhares de participantes que se juntam ao evento vindos de todo o mundo".
A decisão surge pouco depois de o governo português ter anunciado que não teria qualquer intervenção no evento caso Le Pen participasse na próxima edição.
Paddy Cosgrave anunciou que "ódio, liberdade de expressão e das plataformas tecnológicas" vão ser temáticas que vão estar em foco na edição de 2018 do evento.
O Ministério da Economia emitiu hoje um comunicado no qual afirma que não iria interferir na escolha dos oradores. O Executivo explica que "estando, pelo seu impacto, empenhado no acolhimento deste evento privado, não tem, como em outros eventos, intervenção na selecção de oradores", e reforça que a Web Summit se trata de "um fórum alargado de discussão de tendências de mercado, cujo alinhamento - oradores e programa - é da exclusiva responsabilidade da organização".
Para o líder português do partido livre, Rui Tavares, o que acontece agora é o reassumir de uma posição que Mário Soares já tinha tomado em 1991, quando declarou Jean-Marie Le Pen uma "persona non grata" em Portugal.
Líder português do partido livre, Rui Tavares
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