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França/Corpo Ministerial

Ex-mulher de Hollande, Ségolène Royal renasce no governo Valls

Depois de mais de duas horas de reunião entre o presidente François Hollande e o primeiro-ministro, Manuel Valls, a França conheceu nesta manhã a nova equipe ministerial do governo socialista. Os grandes destaques do Executivo anunciados hoje são a permanência de Christiane Taubira na Justiça, desgastada depois do escândalo das escutas do ex-presidente Nicolas Sarkozy; e a volta ao governo de Ségolène Royal, que foi candidata à presidência pelo PS em 2007.

Ségolène Royal, nova ministra da Ecologia, do Desenvolvimento Sutentável e da Energia, recebe seu novo cargo em Paris.
Ségolène Royal, nova ministra da Ecologia, do Desenvolvimento Sutentável e da Energia, recebe seu novo cargo em Paris. REUTERS/Charles Platiau
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Ela, que é ex-mulher de Hollande e mãe de quatro filhos dele, assume a pasta da Ecologia, do Desenvolvimento Sustentável e da Energia. Claro que os jornalistas presentes à passagem do cargo de Phippe Martin para ela no palácio Roquelaure, sede do ministério, perguntaram como seria sua relação com o ex-marido e presidente, ao que ela respondeu: "o mais natural e o mais institucional possível". A volta de Royal ao governo foi facilitada pelo fim da relação entre o chefe do Estado e Valérie Trierweiler, em janeiro deste ano.

Derrotas políticas

É a primeira vez que uma ex-mulher do presidente em exercício assume um cargo no Executivo. E trata-se de um cargo da maior importância: aos 60 anos, Royal é a número três do governo a partir desta quarta-feira. Desde sua derrota nas eleições legislativas em La Rochelle para Olivier Falorni no ano de 2012, ela estava sem um cargo político de prestígio, mas era considerada uma personalidade poderosíssima dentro do Partido Socialista. Naquela época, ela ainda sofreu uma humilhação suplementar, quando Valérie Trierweiler tuitou seu apoio ao dissidente socialista Falorni.

Pouco antes, ela havia perdido as primárias socialistas, em 2011, justamente para Hollande por um resultado surpreendentemente arrebatador: Ségolène Royal obteve apenas 7% dos votos. Mesmo assim, três dias depois, ela declarou seu apoio ao ex-marido.

Volta por cima

Isso tudo depois de ela ter sido a primeira mulher a chegar ao segundo turno de uma eleição presidencial, em 2007. Ela perdeu para Nicolas Sarkozy, mas por uma margem estreita. Durante aquela campanha, a maior parte de seu apoio veio das periferias e regiões pobres e, por isso, dizia-se que Ségolène Royal era "a voz dos sem voz".

Agora, ela volta ao executivo com a promessa de transformar a França em uma das "primeiras potências ecológicas da Europa". Ela se disse profundamente "honrada de encarar essa missão apaixonante e diíficil, que liga a vida cotidiana de cada pessoa às questões planetárias".

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