Professora perde emprego por se recusar a retirar véu durante as aulas
Uma professora mulçumana da rede pública francesa foi afastada do cargo nesta sexta-feira por ter se negado a retirar o véu islâmico da cabeça durante as aulas. A legislação francesa veta o uso de sinais externos de religiosidade, como o véu muçulmano, a quipá judaica ou o crucifixo católico na educação pública, com o objetivo de preservar o princípio da laicidade adotado no país.
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A professora de confissão muçulmana, que tinha recentemente começado um estágio numa escola perto da cidade de Toulouse, no sudoeste da França, se recusava a retirar o véu diante dos alunos, apesar dos reiterados pedidos da direção da escola. Ela também se negava a apertar a mão de pessoas do sexo masculino, em razão de suas convicções religiosas. Diante da intransigência, que contraria a legislação em vigor, o reitor Olivier Dugrip decidiu pela exclusão definitiva da professora da escola, alegando que o princípio da neutralidade é uma obrigação que deve ser respeitada por todos os agentes do setor público.
O princípio da laicidade nas escolas públicas é garantido por lei, mas gera calorosos debates no país. Professores e alunos são proibidos de manifestar sinais externos de religiosidade, como o uso de véu, crucifixo ou medalha com a imagem de santos e quipás. Recentemente, o parlamento francês aprovou uma legislação que proíbe o uso do véu islâmico integral nas ruas e demais espaços públicos franceses.
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