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São Tomé e Príncipe

STP: caso Rosema gera alianças políticas imprevistas

Força especial da polícia ocupou esta quinta-feira a cervejeira Rosema e ordenou a retirada dos seguranças e membros da direcção ligados ao empresário angolano Melo Xavier, que ontem assumiu a gestão da fábrica, ordenada por tribunal.

Cervejeira Rosema ocupada esta quinta-feira pela polícia
Cervejeira Rosema ocupada esta quinta-feira pela polícia Téla Nón
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Um grupo da força especial da polícia nacional "Ninjas" reassumiu na manhã desta quinta-feira (3/05) o controlo da fábrica de cervejas Rosema em Neves, e ordenou a retirada de todos os seguranças e membros da direcção ligados ao empresário angolano Melo Xavier, que ontem (2/05) assumiu a gestão da única cervejeira do país.

Alguns desses membros decidiram permanecer no interior da fábrica desacatando a ordem policial.

A segunda maior força de oposição são-tomense, PCD, na voz do seu líder Arlindo Carvalho, em conferência de imprensa questionou o facto de se ter enviado a polícia para as instalações da cervejeira Rosema : "há uma decisão do tribunal e o governo envia uma força policial fortemente armada às instalações da Rosema, com o objectivo único de impedir a execução de uma ordem judicial".

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Maximino Carlos, correspondente em São Tomé e Príncipe

Entretanto, esta sexta-feira o parlamento saotomense vai reunir-se em plenária para discutir e aprovar o projecto de resolução, visando a exoneração de três Juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça: Manuel Gomes Silva Cravid o presidente so STJ, Maria Alice Rodrigues Vera Cruz Carvalho e Frederico da Glória, que a 27 de Abril decidiram a devolução da Rosema à empresa Ridux Lta do empresário angplano Melo Xavier.

A proposta de exoneração dos três juízes acusados de "usurpação" de poderes e desrespeito ao sistema, actos de corrupção e violação de precentios constitucionais, foi apresentada ontem (2/05) por três deputados do MLSTP-PSD e dois da ADI.

Do lado do MLSTP-PSD ele é subscrita pelo seu presidente Aurélio Martins, o líder da bancada parlamentar parlamentar Jorge Amado e o vice-líder Vasco Guiva.

O portal Tela Non publica hoje uma carta subscrita por Aurélio Martins e Vasco Guiva e endereçada ao Presidente do Parlamento José Diogo "requerendo de forma irrevogável a retirada das nossas assinaturas" da referida proposta.

Os dois deputados da ADI são: o secretário-geral Levy Nazaré, que é também o 1° vice-presidente do parlamento e Idalécio Quaresma, líder da bancada parlamentar.

Na sequência desta proposta um grupo de militantes do MLSTP-PSD liderado pelo seu vice-presidente Américo Barros, exige a demissão de Aurélio Martins que acusam de traição ao partido e "complot" com a ADI no poder.

Já o Conselho Superior dos Magistrados Judiciais em comunicado opõe-se à destituição dos três Juízes Conselheiros.

De recordar que os irmãos Monteiro, até agora proprietários da Rosema apelaram para o Tribunal Constitucional.

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