STP: Oposição denuncia abusos no Banco Central
A oposição são-tomense denunciou abusos no Banco Central de São Tomé e Príncipe, com "o governador e membros do conselho de administração a distribuírem entre si avultadas somas, que rondam mais de 150 mil euros". Banco Central desmente.
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A oposição são-tomense denunciou esta sexta-feira abusos no Banco Central de São Tomé e Príncipe, com "o governador do Banco Central, membros do conselho de administração e alguns directores a distribuírem entre si avultadas somas, que rondam mais de 150 mil euros".
Arlindo Barbosa, secretário-geral do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), principal partido da oposição, em comunicado, acusa a administração do banco central do país de "actos de corrupção" e "utilização abusiva de bens públicos". Acrescentando que "elevados montantes" são distribuídos para "compensar actividades do âmbito normal das suas funções".
"O governador do banco central, membros do conselho de administração e alguns directores distribuíram entre si avultadas somas que rondam mais de 150 mil euros", pode ler-se no documento, que refere que o governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe, Hélio Almeida, a vice-governadora, Massari Sousa Pontes e o director dos recursos humanos, Raul Cravid, sõ os maiores usufrutuários desta situação.
De acordo com a oposição, o governador do banco central "recebeu indevidamente" o equivalente a cerca de 16.000 euros, a vice-governadora 14.500 euros, o director dos recursos humanos mais de 18.000 euros. Os restantes 15.000 euros, segundo o partido, foram distribuídos pelos "demais administradores".
O MLSTP-PSD apresentou, esta sexta-feira, no Ministério Público "um pedido de inquérito criminal para apurar responsabilidade" e acrescenta que o dinheiro utilizado pela administração do banco central para este pagamento são notas da Dobra (moeda local) fora de circulação desde Janeiro deste ano e deveriam ser queimadas.
Banco Central demente
Em comunicado, o Banco Central demente “o Conselho de Administração refuta veementemente o tratamento que tem sido dado numa matéria de interesse nacional, pondo em causa a imagem do país, a credibilidade da instituição, dos seus órgãos de gestão e dos colaboradores que nela labutam”. A instituição vai ainda apresentar “uma queixa-crime e insta as instâncias competentes a serem céleres na reposição da verdade”.
Com a colaboração de Maximino Carlos, correspondente em São Tomé.
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