A Guiné Equatorial, país membro da CPLP desde 2014 e desde 1 de Janeiro de 2018 membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, anunciou ontem a dissolução do partido Cidadãos para a Inovação - CI, o ùnico partido de oposição legal no país, acusado de "atentado à segurança do Estado".O CI elegeu um deputado nas eleições legislativas de 12 de Novembro 2017, sendo os restantes 99 do Partido Democrático da Guiné Equatorial - PDGE - do Presidente Teodoro Obiang Nguema, no poder desde 1979, cujo regime é frequentemente acusado de violações de direitos humanos.Ontem dos 147 opositores julgados desde 12 de Fevereiro por sediçao, desordem pública e atentado contra as autoridades, mais de duas dezenas foram condenados a mais de 30 anos de prisão.A defesa vai interpor recurso, admitindo que este não vai avançar pois o país é uma ditadura, mas promete recorrer ao Tribunal Penal Internacional.O sociólogo são-tomense Olívio Diogo, defende uma acção mais activa por parte da sociedade civil e da CPLP para pressionar o regime a pôr termo à violação de direitos humanos na Guiné Equatorial, cujo governo deveria, segundo ele, comparecer perante o Tribunal Penal Internacional.
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Haiti: conselho de transição no poder "vai ser novo período de incerteza"
O Haiti está a braços com uma profunda crise política e de segurança que já fez centenas de mortos. Nos últimos anos, e em particular desde Fevereiro passado, o território foi tomado de assalto por gangues que controlam quase todo o país, situação instável, que já levou mesmo à demissão do primeiro-ministro, Ariel Henry.02/05/202410:02 -
França: Os estudantes vão continuar a lutar pelos direitos dos palestinianos
À semelhança do que tem vindo a acontecer nas universidades norte-americanas, também os alunos franceses intensificam os protestos contra a operação militar israelita em curso na faixa de Gaza. Eduardo Cury, estudante brasileiro na Sciences Po Paris, participa neste movimento, aponta o dedo à postura do Ocidente, lembrando a “culpa” da não condenação ou do silêncio “em relação às atrocidades cometidas em Gaza”.01/05/202409:49 -
Angola na Coreia do Sul para diversificar economia
Terminou nesta terça-feira, 30 de Abril, a visita oficial de dois dias do Presidente de Angola à Coreia do Sul. Em Seul, João Lourenço foi recebido pelo homólogo sul coreano, Yoon Suk-yeol, e participou no Fórum Económico com vista ao reforço das relações bilaterais. Em entrevista à RFI, Sérgio Dundão, cientista político de Angola, fala das áreas de cooperação entre os dois países, sublinhado que Angola continua empenhada em diversificar os parceiros comerciais.30/04/202408:03 -
Declarações de Marcelo "devem trazer para a agenda política situação dos afro-descendentes"
O Presidente português defendeu que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que há que pagá-los. "Este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano. Creio que se deve aproveitar esta oportunidade para trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes", defende Yussef, activista pan-africanista.29/04/202409:32 -
"História da reparação [do período colonial] é um debate absolutamente inadiável"
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.29/04/202409:41