São Tomé e Principe: Família de Lucas denuncia visita de militares à prisão
Assinalam-se esta quarta-feira, 25 de Janeiro de 2023, dois meses do ataque ao quartel militar em São Tomé e Príncipe, que vitimou quatro pessoas. Do ataque ao quartel apenas um dos alegados autores sobreviveu, Lucas Lima, que desde essa altura se encontra em prisão preventiva.
Publicado a:
Dois meses depois do ataque ao quartel militar, cujas imagens de tortura e morte de quatros suspeitos continuam a circular nas redes sociais, a justiça são-tomense tem em curso dois processos de investigação. Um por tentativa de golpe de Estado consolidada no ataque ao quartel e um segundo que investiga o homicídio e tortura de suspeitos.
Passados dois meses, a família do único alegado autor do ataque sobrevivente, Lucas Lima, denuncia a ausência de tratamento médico e a contínua visita de militares à prisão.
“No primeiro dia em que estive lá [prisão], ‘Jerry’ [um militar] falou com ele [Lucas] e disse-lhe, abertamente, que ele tinha de pensar muito bem no que iria falar porque este Governo e o quartel dependiam dele” sublinhou ao microfone da RFI Paulina Lima, irmã do arguido. Paulina Lima acrescentou que a vida do irmão corre perigo.
Paulina Lima, irmã de Lucas Lima
Questionado sobre estas visitas de militares ao preso preventivo Lucas Lima, o ministro da Defesa de São Tomé e Príncipe, Jorge Amado, diz ter tomado conhecimento da situação esta manhã, 25 de Janeiro de 2023, e ter procedido à abertura de um inquérito para verificar as acusações: “fiz essa solicitação ao serviço competente para me poder informar sobre o assunto e estou aguardando essa informação.”
Ministro da Defesa de São Tomé e Príncipe, Jorge Amado
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro