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COP 27: Egipto acusado de detenções arbitrárias para silenciar dissidência

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O Egipto está a ser acusado de ter efectuado detenções arbitrárias e em massa para silenciar a dissidência durante as duas semanas da COP 27. A Amnistia Internacional denuncia a detenção de cerca de 1600 pessoas nas últimas semanas. As organizações de defesa dos direitos humanos estimam que no Egipto existam, pelo menos, 60.000 presos políticos.

O Egipto está a ser acusado de ter efectuado detenções arbitrárias e em massa para silenciar a dissidência durante as duas semanas da COP 27.
O Egipto está a ser acusado de ter efectuado detenções arbitrárias e em massa para silenciar a dissidência durante as duas semanas da COP 27. © AFP - MOHAMMED ABED
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O Egipto está a ser acusado de ter efectuado detenções arbitrárias e em massa para silenciar a dissidência durante as duas semanas da COP 27.  Além disso, a realização da Convenção do Clima em Sharm el Sheikh acaba por afastar qualquer tipo de activismo porque a cidade é protegida por um muro, além dos preços exorbitantes para deslocações e alojamento.

Este fim-de-semana ficou marcado por uma manifestação junto ao recinto da COP 27. Um protesto liderado pela irmã do activista egípcio Alaa Abdel Fattah, detido em greve de fome e de sede.

Símbolo da revolução de 2011, no Egipto, que levou à queda de Hosni Moubarak, Alaa Abdel Fattah, que assinala os seus 41 anos a 18 de Novembro, foi detido no final de 2019, condenado a cinco anos de prisão por difusão de “informações falsas”, após ter publicado nas redes sociais um texto, escrito por outra pessoa, acusando um oficial de tortura. 

Em greve de fome há meses e, desde o dia 6 de Novembro (data de início da Convenção do Clima), igualmente em greve de sede Alaa Abdel Fattah pode mesmo vir a falecer antes do fim da COP 27.

Pedro Neto, director executivo da Amnistia Internacional Portugal, denuncia uma COP alheia do mundo que a rodeia, sublinha que “os direitos humanos, além dos direitos ambientais, não estão a ser abordados na sua totalidade” e, talvez, por isso "essa demora nas acções necessárias para resolver problemas de alterações climáticas e defender as pessoas que já estão a sofrer”.

A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas decorre até dia 18 de Novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egipto.

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