Acesso ao principal conteúdo
NATO

NATO assinala 75 anos de existência com guerra na Ucrânia em pano de fundo

A Aliança Atlântica assinala esta quinta-feira os seus 75 anos de existência. Formalmente fundada no dia 4 de Abril de 1949, nos primórdios da Guerra Fria, esta organização que na altura contabilizava 12 países-membros, tinha como intuito ser o contraponto das democracias ocidentais perante o regime soviético. 75 anos depois, agora com 32 membros, a NATO enfrenta o desafio colocado pelo conflito na Ucrânia.

Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, na sede da organização em Bruxelas, na noite do 3 de Abril de 2024.
Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, na sede da organização em Bruxelas, na noite do 3 de Abril de 2024. REUTERS - Johanna Geron
Publicidade

Os Ministros dos Negócios Estrangeiros dos 32 países membros da NATO estão desde ontem na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas para marcar os 75 anos da organização. Na cerimónia que assinalou esse aniversário esta manhã, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou que a Aliança Atlântica é "maior, mais forte e mais unida do que nunca".

Este responsável não deixou contudo de expressar alguma preocupação quanto a um possível desinvestimento de Washington relativamente à NATO, em caso de reeleição de Trump nas presidenciais americanas em Novembro. "Penso na América e na Europa juntas, na NATO, porque somos mais fortes e estamos mais em segurança juntos", considerou Jens Stoltenberg.

Esta preocupação é também alimentada pelo bloqueio há meses pela maioria republicana na Câmara dos Representantes dos 60 mil milhões de Dólares de ajuda que Washington pretende fornecer à Ucrânia, pelo que ainda ontem Stoltenberg tornou a vincar a importância de apoiar Kiev.

"Enquanto celebramos as conquistas da NATO nos últimos 75 anos, não descansamos sobre os nossos louros. A Europa enfrenta hoje uma guerra de uma dimensão que se pensava pertencer ao passado. O reforço do papel da NATO em matéria de coordenação e de apoio é, portanto, um meio de pôr fim a esta guerra, de modo que a Ucrânia vença. 99 % do apoio à Ucrânia provém dos aliados da NATO, mas é necessário um quadro institucional mais sólido para garantir alguma previsibilidade e um compromisso a longo prazo", disse o digirente da Aliança Atlântica.

Foi neste contexto que ontem os chefes da diplomacia da NATO começaram a reflectir sobre a possível criação de um fundo de ajuda à Ucrânia sobre 5 anos e orçado em 100 mil milhões de Euros, uma discussão que deveria prolongar-se ainda esta quinta-feira.

Entretanto, no terreno, responsáveis ucranianos deram conta hoje de ataques de drones russos que terão provocado pelo menos 6 mortos, dos quais 4 em Kharkiv, no nordeste do país, onde 350 mil habitantes estarão actualmente privados de electricidade.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.