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Coreia do Norte

Rússia veta resolução do Conselho de Segurança sobre Coreia do Norte

A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, vetou ontem um projecto de resolução propondo o prolongamento por um ano da missão do Comité de Peritos das Nações Unidas encarregue de fiscalizar a aplicação das sanções da ONU contra a Coreia do Norte e o seu programa nuclear.

Conseilho de Segurança da ONU (foto de ilusração)
Conseilho de Segurança da ONU (foto de ilusração) © Mike Segar / Reuters
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Apesar de ter recolhido 13 votos favoráveis, a resolução que propunha o prolongamento de um ano da missão da ONU para a fiscalização das sanções contra a Coreia do Norte recolheu uma abstenção da China e sobretudo um veto da Rússia.

Um posicionamento que a diplomacia russa explica argumentando que "durante largos anos, as medidas de restrições internacionais não ajudaram a melhorar a situação na região". No mesmo sentido, a China que apoia a proposta de reavaliação dessas sanções feita pela Rússia, considera que "impor sanções às cegas não poder resolver o problema".

A Coreia do Norte é alvo de sanções do Conselho de Segurança da ONU desde 2006, devido ao desenvolvimento do seu programa nuclear, um programa que foi reforçado nomeadamente em 2016 e em 2017.

Reagindo ao veto russo, a União Europeia considerou que este posicionamento vai "comprometer a arquitectura mundial de não-proliferação" e vai igualmente "ter graves consequências sobre a capacidade de colocar em prática as resoluções do Conselho de Segurança e de responder às acções desestabilizadoras" de Pyongyang.

A diplomacia europeia considera também e sobretudo que o veto russo "é uma tentativa visando dissimular as transferências ilegais de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia". Uma análise também feita por Washington cujo Departamento de Estado acusou a Rússia de "sabotar com cinismo a paz e a segurança no mundo, tudo isto para favorecer um acordo viciado que Moscovo firmou" com Pyongyang.

De acordo com a Casa Branca, a Rússia e a Coreia do Norte têm-se aproximado ultimamente ao ponto de Pyongyang fornecer mísseis a Moscovo.

Dados que o Comité de Peritos das Nações Unidas revelou recentemente estar a averiguar, este órgão tendo indicado por outro lado no seu último relatório, no começo do mês, que a Coreia do Norte tem continuado a "ignorar as sanções do Conselho de Segurança" e tem prosseguido o seu programa nuclear, lançando mísseis balísticos, violando as sanções marítimas e os limites de importação de petróleo.

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