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Ucrânia

Ucrânia: 2 anos após a invasão russa, guerra sem fim à vista

Ucrânia – Há dois anos, a 24 de Fevereiro de 2022, a Rússia invadia a Ucrânia. No terreno os russos reclamam avanços e os ucranianos reiteram apelos a parceiros internacionais para receberem mais armas que lhes permitam enfrentar o exército de Moscovo. A presidente da Comissão europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni deslocaram-se a Kiev, bem como o chefe do executivo belga Alexander de Croo e o seu homólogo canadiano, Justin Trudeau.

Primeira-ministra dinamarquesa, no centro, assiste ao depósito de flores por parte do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, num cemitério de Lviv, a 23 de Fevereiro de 2024.
Primeira-ministra dinamarquesa, no centro, assiste ao depósito de flores por parte do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, num cemitério de Lviv, a 23 de Fevereiro de 2024. AP - Mads Claus Rasmussen
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No entanto a Rússia tinha já ocupado em 2014 a península da Crimeia, no sul da Ucrânia, e a região de Donbass, no leste.

Como começa por lembrar Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos ucranianos em Portugal.

"Em primeiro lugar não são dois anos [de invasão russa da Ucrânia], são dez anos que a Rússia invadiu a Ucrânia: primeiro na Crimeia e, depois, no Donbass. E aquelas últimas declarações que fez o Putin, ou o assessor do Putin, Medvedev, que disse que têm que chegar de novo a Kiev e até mais mostram que não temos hipóteses para sobreviver como ucranianos que continuar a lutar. Isto só vai parar quando a própria Rússia terminar com o regime, vai mudar o regime, o seu pensamento sobre a sua sociedade e o seu lugar no mundo. 

Sem apoio internacional não vamos conseguir reconquistar as nossas terras, sem apoio internacional não vamos conseguir defender as cidades da Ucrânia que estão todos os dias atacadas ! Mas isso não significa que os ucranianos vão desistir da sua luta ! Vamos lutar, vamos lutar até ao último porque não temos hipótese. E não está a situação tão crítica como querem mostrar ! "

Questionado sobre que informações tem obtido junto dos soldados ucranianos na frente de guerra Pavlo Sadokha afirma que eles admitem estar "muito cansados".

"Estão muito cansados. Nós falámos até nesta quinta-feira, antes de preparar todas as nossas acções no mundo neste segundo ano da invasão em larga escala à Ucrânia. Eles dizem: "Nós precisamos de armas". Pedem a todos os países e sociedades onde estão ucranianos para tal porque sem armas não nos podemos defender. Se tivéssemos estas armas logo no início desta guerra é capaz de já no ano passado termos terminado esta guerra. Foi falha do fornecimento de apoio militar à Ucrânia que provocou isso, esta guerra que continua com um futuro, para já, sem previsões."

De realçar que Paris acolhe nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, uma reunião de alto-nível de apoio à Ucrânia, uma iniciativa do presiente francês, Emmanuel Macron,na presença de vários Chefes de Estado e de Governo no Palácio do Eliseu, incluindo o primeiro-ministro português, António Costa.

Enquanto isso Dmitri Medvedev, do Conselho de segurança russo, afirmou que Moscovo se vingará das novas sanções ocidentais e prometeu fazer sofrer estes "inimigos".

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