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Donald Trump/NATO

Donald Trump não garante segurança da NATO e promete expulsões de migrantes

Estados Unidos/Carolina do Sul – Num comício ocorrido no sábado 10 de Fevereiro na Carolina do Sul, Donald Trump ameaçou, caso venha a ser eleito, não mais garantir a protecção da NATO face à Rússia e, prometeu uma vaga maciça de expulsões na fronteira.

Meeting de Donald Trump em Conway na Carolina do Sul, a 10 de Fevereiro de 2024.
Meeting de Donald Trump em Conway na Carolina do Sul, a 10 de Fevereiro de 2024. AFP - JULIA NIKHINSON
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O antigo presidente norte-americano Donald Trump, que critica frequentemente os seus aliados da NATO por insuficientes contribuições financeiras noquadro da instituição de defesa comum,  confidenciou durante um meeting ocorrido Sábado na Carolina do Sul, que em conversa tida com um dos chefes de Estado da OTAN, sem no entanto revelar a sua identidade: “Um dos presidentes de um grande país levantou-se e perguntou-me: “Se nós não pagarmos e formos atacados pela Rússia, o senhor protege-nos?””, ao que o milionário respondeu: “Não, não vos protegerei. Na realidade encorajá-los-ei a fazerem o que bem quiserem convosco. Há que pagar as vossas dívidas.”

No Domingo, 11 de Fevereiro, a meio do dia, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, achou que tais declarações eram imprudentes. “A Aliança transatlântica apoia a segurança e a prosperidade dos Americanos, dos Canadianos e dos Europeus, há 75 anos”, afirmou ainda Charles Michel no X (ex-Twitter).

Sugerir que os aliados da NATO poderiam faltar com as suas obrigações em matéria de protecção, mina as próprias fundações da Aliança e coloca em perigo os militares americanos e europeus - segundo declarou num comunicado, de Jens Stoltenberg, chefe da NATO.

Tal declaração brutal, surge depois de Donald Trump ter pressionado os republicanos no Congresso a chumbarem um Projecto de Lei prevendo uma nova ajuda financeira à Ucrânia, bem como uma reforma da política migratória.

“Encorajar a invasão dos nossos aliados mais próximos por parte de regimes violentos é constrangedor e insensato”, reagiu Andrew Bates, porta-voz da Casa Branca, num comunicado publicado Sábado à tarde. “Em vez de apelar à guerra e promover o caos, o presidente Biden continua a apoiar a liderança americana”, acrescentou ainda Andrew Bates.

O acordo, actualmente bloqueado no Congresso, previa um envelope adicional de 95 mil milhões de dólares, essencialmente destinado à ajuda à Ucrânia e a Israel. Esse montante será debatido na próxima semana e inclui fundos para a luta de Israel contra o Hamas, bem como para um aliado estratégico, Taiwan.

A parte mais significativa do pacote está no entanto prevista para ajudar a Ucrânia a reconstituir os seus stocks de munições, de armas e de outras necessidades essenciais, numa altura em que o país entra num terceiro ano de guerra.

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