Timor-Leste considera "preocupante" situação da Guiné-Bissau

O chefe da diplomacia de Timor-Leste, Bendito dos Santos Freitas, mostrou preocupação com a situação que se vive na Guiné-Bissau e defendeu uma evolução no “sentido da normalidade e da paz”.

Crise institucional na Guiné-Bissau agrava-se após dissolução do Parlamento. ASSOCIATED PRESS - REBECCA BLACKWELL

Em Lisboa, à margem de uma visita à sede da CPLP, a Comunidade dos países de língua portuguesa, o chefe da diplomacia timorense, Benvindo dos Santos Freitas, garantiu estar a acompanhar a situação guineense. “Para Timor-Leste e também para a comunidade [dos Países de Língua Portuguesa] é uma situação preocupante. Nós queremos que haja uma situação que torne à normalidade em que haverá paz e respeito pelos direitos do Estado de Direito Democrático e o funcionamento das instituições democráticas”, defendeu.

Timor Leste mostrou preocupação com a situação que se vive na Guiné-Bissau, que está sem parlamento há dois meses. O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento no início do mês de Dezembro, dissolveu o governo da maioria PAI-Terra Ranka  para criar um novo governo de iniciativa presidencial, apesar da Constituição impedir a dissolução nos 12 meses depois às eleições legislativas, que tiveram lugar em Junho de 2023.

O chefe da diplomacia timorense, Benvindo dos Santos Freitas, acrescentou que a situação da Guiné-Bissau é “uma situação delicada e preocupante". "Todos nós estamos a seguir as notícias. Todos temos que pensar também numa ideia, numa saída. Como é que nós todos podemos apoiar em conjunto a trazer uma solução à situação da Guiné-Bissau”, concluiu.

Desde de Janeiro, o ministério do Interior proibiu manifestações nos espaços públicos em todo o país, justificando estarem em curso operações de busca e apreensão de armas de fogo na Guiné-Bissau.