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São tomé e Príncipe/Guiné-Bissau

Jorge Bom Jesus: "Preocupa-nos a situação política na Guiné-Bissau"

O antigo-primeiro ministro são-tomense e líder do MLST/PSD, na oposição, está preocupado com a situação política que se vive na Guiné-Bissau. Jorge Bom Jesus lamenta o silêncio das autoridades e condena a inactividade de São Tomé, o país lidera actualmente a CPLP.

Jorge Bom Jesus, antigo-primeiro ministro são-tomense e líder do MLST/PSD.
Jorge Bom Jesus, antigo-primeiro ministro são-tomense e líder do MLST/PSD. © Neidy Ribeiro
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Em entrevista à agência de notícias Lusa, o antigo-primeiro ministro são-tomense mostrou-se preocupado com a situação política que se vive na Guiné-Bissau, lembrando que se está a fazer tábua rasa das regras democráticas.

“Preocupa-nos deveras a situação na Guiné-Bissau, sobretudo porque se está a passar por cima de regras básicas democráticas. A Constituição da Guiné-Bissau não é muito diferente da nossa”, explicou.

Jorge Bom Jesus lamentou o silêncio das autoridades e condenou a inactividade de São Tomé, o país lidera actualmente a CPLP.

“Preocupa-nos o silêncio das nossas autoridades, sobretudo no momento em que nos presidimos a CPLP e nos não vemos nenhuma acção da parte das nossas autoridades”, refere.

O líder do MLST/PSD, principal partido de oposição, defendeu que devem ser os guineenses a resolver os próprios problemas, todavia considerou que os países membros da CPLP podem chamar a atenção para a crise política que se vive no país.

“Tudo que se poder fazer para ajudar os guineenses deve ser feito. Claro que os problemas dos guineenses são para serem resolvidos, em primeiro lugar, pelos próprios guineenses. [No entanto], os chefes de Estado e os ministros dos Negócios Estrangeiros podem colocar a questão da Guiné-Bissau na agenda”, detalhou.

Jorge Bom Jesus reitera que “trata-se de uma prioridade política, neste momento, sem ingerência nos assuntos internos, mas pelo menos encontrar-se uma solução de bons ofícios. Colocar as partes em diálogo”.

Guiné-Bissau vive uma crise política depois de o Presidente guineense dissolvido o parlamento, eleito em Junho passado, antes do prazo constitucional para o poder fazer. Umaro Sissoco Embaló demitiu ainda o primeiro-ministro Geraldo Martins, que recusou formar um Governo de iniciativa presidencial, e nomeou, em substituição, Rui Duarte de Barros.

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