Presidente da Guiné-Bissau dá posse a Governo “de soldados da República”

Umaro Sissoco Embaló identificou o combate à corrupção como uma das principais tarefas do Governo que "terá como chefe o primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, e não o Presidente da República".“A Guiné-Bissau não pode parar. Se isso custar a minha vida, que custe", afirmou. 

Assembleia Nacional da Guiné-Bissau, junho de 2023. © Bineta Diagne/RFI

A cerimónia de tomada de posse do novo governo guineense decorreu esta quinta-feira, no Palácio da República, em Bissau, perante o presidente. No seu discurso, Umaro Sissoco Embaló disse que o executivo é composto por “soldados da República e dignos filhos da Guiné-Bissau” que vão estar ao seu lado para enfrentar este desafio.

Para Sissoco Embaló, o executivo será uma "equipa de sacrifícios" sobre a qual estará “muito atento”. O presidente destacou o combate à corrupção como um dos principais desafios do Governo, “que terá como chefe o primeiro-ministro e não o Presidente da República”, e  anunciou uma auditoria do Tribunal de Contas em todas as instituições públicas a começar pela Presidência da República, no próximo mês

“A Guiné-Bissau não pode parar. Se isso custar a minha vida que custe, mas assim a próxima geração saberá que se combateu a corrupção neste país”, sublinhou.

O Presidente guineense deixou aos novos membros do Governo “uma nota importante” de que o primeiro-ministro tem indicações para o informar sobre “qualquer sinal de insubordinação” e que nem será preciso uma proposta formal de substituição, “bastará apenas uma chamada telefónica”.

Umaro Sissoco Embaló frisou que Rui Duarte de Barros tem a sua “total confiança e solidariedade”.