Portugal vai apoiar missão da UE no Mar Vermelho

Portugal vai apoiar a missão da União Europeia para acompanhar navios no Mar Vermelho sob ameaça das milícias Huthis. O anúncio foi feito pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que explicou que os moldes da participação portuguesa ainda estão por definir.

Portugal vai apoiar a missão da União Europeia para acompanhar navios no Mar Vermelho sob ameaça das milícias Huthis. AFP - ELEXIA MORELOS

A União Europeia vai avançar com a criação de uma missão no Mar Vermelho para repelir os ataques das milícias Huthis do Iémen à navegação internacional e Portugal vai fazer parte desta iniciativa.

O anúncio foi feito pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que explicou que os moldes da participação portuguesa ainda estão por definir.

“Portugal vai apoiar esta missão. É uma missão que terá tarefas executivas e não executivas, incluirá uma componente de capacidade de intervenção de Defesa de navios que estejam a ser ameaçados e do nosso lado, o Ministério da Defesa, dirá qual é a disponibilidade para apoiarmos”, garantiu.

João Gomes Cravinho acrescentou que a participação de Portugal “não será, seguramente, com uma fragata, um navio, mas haverá (...) alguma participação do nosso lado”.

No final do mês, os ministros da Defesa da União Europeia vão reunir-se para avaliar o trabalho técnico da missão que vai acompanhar navios no Mar Vermelho.

“Em relação ao mar vermelho há muito trabalho técnico que não está consolidado. Durante os próximos dias esse trabalho técnico vai continuar e os ministros da Defesa vão reunir-se no quadro da União Europeia no final do mês”, detalhou o responsável pela diplomacia portuguesa.

Nesta terça-feira, 23 de Janeiro, os Huthis  prometeram responder aos ataques realizados, nas últimas horas, pelos Estados Unidos e Reino Unido contra as posições do grupo no Iémen. O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Saree, afirmou que “estes ataques não ficarão sem resposta e impunes”.

Os Huthis têm estado a aumentar os ataques aos navios de mercadoria no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, argumentando que estão a agir em solidariedade com o povo palestinianos, em Gaza. Muitos armadores evitam agora esta rota chave para o comércio internacional.