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Guerra Israel/Hamas

Forças israelitas anunciam cerco da cidade de Khan Younis

Esta terça-feira, as forças israelitas anunciaram ter cercado a cidade de Khan Younis, o epicentro dos combates no sul de Gaza, um dia depois de o exército israelita ter tido 24 baixas, o balanço mais pesado que sofreu desde o início do conflito. Esta segunda-feira, um portal de informação norte-americano avançou que Israel propôs ao Hamas uma pausa de dois meses nos combates, em troca da libertação de todos os reféns.

Imagem tirada a partir de Rafah e a mostrar Khan Younès. 23 de Janeiro de 2024.
Imagem tirada a partir de Rafah e a mostrar Khan Younès. 23 de Janeiro de 2024. © AFP
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Esta terça-feira, as forças israelitas adiantaram ter cercado a cidade de Khan Younis, o epicentro dos combates no sul de Gaza e onde centenas de milhares de palestinianos se refugiaram nos últimos meses para escapar aos bombardeamentos israelitas. É nesta cidade que nasceu Yahya Sinouar, líder do Hamas em Gaza e considerado o arquitecto do ataque de 7 de Outubro em solo israelita e que desencadeou a guerra.

Hoje foi também anunciado que 24 soldados israelitas morreram num só dia, o balanço mais pesado para o Tsahal desde o início do conflito, há mais de três meses. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que “foi um dos dias mais difíceis desde o início da guerra”. Do lado do Hamas, foi anunciado que morreram 195 palestinianos no mesmo período de tempo.

Esta terça-feira, o ministério da Saúde do Hamas actualizou o número de vítimas mortais na Faixa de Gaza para 25.490, desde o início da guerra, e informou que o número de pessoas feridas é de 63.354.

Entretanto, esta segunda-feira, o portal online de informação norte-americano, Axios, avançou que Israel propôs ao Hamas, com a mediação do Qatar e do Egipto, uma pausa de dois meses nos combates e operações em Gaza em troca da libertação de todos os reféns. A proposta não implica o fim da guerra, mas uma trégua como a que aconteceu em Novembro e que permitiu a libertação de uma centena de reféns israelitas nas mãos do Hamas, em troca de pelo menos 240 prisioneiros palestinianos detidos em Israel. De acordo com as autoridades israelitas, há, ainda, 132 reféns na Faixa de Gaza, mas 28 teriam morrido nos combates.

O governo de Netanyahu está cada vez mais sob pressão internacional e interna. A nível interno, familiares e próximos dos reféns interromperam, esta segunda-feira, uma reunião do Parlamento israelita. A nível internacional, no mesmo dia, o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell insistiu numa solução de dois Estados, algo continuamente rejeitado por Israel. Tanto é que Josep Borrell alertou que os israelitas “estão a semear as raízes do ódio para as próximas gerações”. A ONU tem alertado para as doenças e fome na Faixa de Gaza, onde se estima que 1,7 milhões de pessoas – dos 2,4 milhões de habitantes - tenham sido forçadas a fugir das suas casas.

Este domingo, o Wall Street Journal avançava que os Estados Unidos, o Egipto e o Qatar tentam convencer Israel e o Hamas de um acordo para a libertação de reféns num período de 90 dias, em troca de uma retirada israelita de Gaza.

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