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Guerra Israel/Hamas

Borrell diz que situação em Gaza “não podia ser pior” e pede solução de dois Estados

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse, esta segunda-feira, que a situação humanitária na Faixa de Gaza "não podia ser pior" e defendeu uma solução de dois Estados. 

Josep Borrell, Chefe da diplomacia europeia. Bruxelas, 22 de Janeiro de 2024.
Josep Borrell, Chefe da diplomacia europeia. Bruxelas, 22 de Janeiro de 2024. AFP - JOHN THYS
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O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, sublinhou que "a forma como [Israel] está a tentar destruir o Hamas [...] está a fomentar o ódio por várias gerações" e defendeu, por isso, que "a paz e a estabilidade não podem ser construídas apenas por meios militares". Josep Borrell avisou que é preciso "deixar de falar do processo de paz e começar a falar mais concretamente sobre o processo de solução de dois Estados”.

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que a situação humanitária na Faixa de Gaza "não podia ser pior".

As declarações foram feitas à entrada para a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, que hoje recebem em Bruxelas os seus homólogos palestiniano e israelita para discutir o conflito no Médio Oriente. De manhã é recebido o chefe da diplomacia israelita, Israel Katz, e, à tarde, será a vez do seu homólogo palestiniano, Riyad al-Maliki.

Esta segunda-feira, também estão previstas reuniões com outros governantes da região, como com os ministros da tutela egípcio, Sameh Shoukry, o saudita, Faisal bin Farhane, e o jordano, Ayman Safadi, bem como com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.

Josep Borrell adiantou aos jornalistas que vai ser apresentado um plano de 10 pontos para envolver as partes num diálogo que ponha fim às tensões, incluindo de outros países. Além disso, está prevista a adopção de um pacote de sanções contra o Hamas, considerado como terrorista pela União Europeia.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do movimento palestiniano em território israelita a 7 de Outubro, que provocou 1.140 mortos e cerca de 250 reféns (perto de 100 foram libertados no final de Novembro durante uma trégua). Em resposta ao ataque de 7 de Outubro, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde morreram mais de 25 mil pessoas e mais de 60 mil ficaram feridas. Pelo menos 1,7 dos 2,4 milhões de habitantes tiveram de fugir das suas casas e a situação humanitária e sanitária é catastrófica, de acordo com as Nações Unidas.

Entretanto, o Hamas reconheceu “erros” nessa operação de 7 de Outubro e, em troca da libertação de todos os reféns, exigiu “o fim imediato da agressão israelita a Gaza" e a retirada total das tropas israelitas do território. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que prometeu aniquilar o Hamas, rejeitou as condições e é contra a criação de um Estado palestiniano.

No terreno, esta segunda-feira, a guerra entrou no 108° dia os combates concentravam-se no sector de Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza.

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