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Médio Oriente

Intensificação dos bombardeamentos israelitas no centro e sul da Faixa de Gaza

Novos bombardeamentos visaram hoje a Faixa de Gaza, onde o Primeiro-ministro israelita anunciou ontem uma intensificação dos combates contra o Hamas, apesar dos apelos internacionais e em particular da ONU, para o calar das armas e poupar a vida dos civis.

Des Palestiniens inspectent les lieux d'une frappe à Khan Younès, dans la bande de Gaza, le 26 décembre.
Palestinianos em Khan Younès, na Faixa de Gaza, depois de um bombardeamento israelita neste dia 26 de Dezembro de 2023. © ARAFAT BARBAKH / REUTERS
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O centro da Faixa de Gaza continuou hoje sob intenso fogo israelita, depois de Tsahal ter bombardeado ontem Khan Younès, no sul do enclave, provocando numerosas vítimas civis, de acordo com testemunhas locais. O exército israelita afirma contudo ter visado os combatentes do Hamas.

Esta situação não deixa de suscitar preocupação a nível internacional, tanto por parte de Washington como das Nações Unidas. "Estamos profundamente preocupados com os bombardeamentos contínuos das forças israelitas sobre o centro de Gaza. Todos os ataques devem respeitar rigorosamente os princípios do direito humanitário internacional, incluindo a distinção (entre civis e militares), a proporcionalidade e a precaução", disse hoje em comunicado o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Segundo um último balanço estabelecido pelo grupo armado Hamas que controla a faixa de Gaza, desde o dia em que atacou Israel no 7 de Outubro, provocando quase 1200 mortos, a resposta israelita provocou quase 21 mil mortos na Faixa dez Gaza, entre os quais 241 nas últimas 24 horas, sendo que do lado israelita pelo menos 160 soldados morreram em combate.

Acresce a esta situação que de acordo com a alta autoridade palestiniana, dois jovens palestinianos foram mortos hoje por militares israelitas em Hebron, na Cisjordânia ocupada. Nestes mais de dois meses de guerra, mais de 300 palestinianos foram mortos naquele território, segundo as autoridades locais.

Após anunciar ontem uma intensificação dos bombardeamentos, o chefe do governo israelita considerou que a paz só poderia ser alcançada se Gaza fosse "desmilitarizada" e "desradicalizada", sendo que na sua óptica, a segurança de Gaza deve ser colocada sob a alçada de Israel. De acordo com o jornal israelita 'Haaretz', Netanyahu também se declarou pronto a incentivar a migração voluntária dos Palestinianos fora de Gaza. Um projecto "absurdo", denunciou o Hamas.

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