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Faixa de Gaza

António Guterres lamenta “paralisia” do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Khan Younès – A actual guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada a 7 de Outubro por um sangrento ataque sem precedentes, perpetrado pelo movimento palestiniano, em solo israelita, a partir da faixa de Gaza, entrou este domingo no seu sexagésimo quinto dia.

Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres, num evento Reuters NEXT, em Nova Iorque, a 8 de Novembro de 2023.
Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres, num evento Reuters NEXT, em Nova Iorque, a 8 de Novembro de 2023. © BRENDAN MCDERMID / Reuters
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“Paralisia” da ONU

O SG-ONU  António Guterres, lamentou domingo a “paralisia” das Nações Unidas face à guerra e, o facto de, em consequência de um veto dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança não ter votado em favor de um cessar-fogo da guerra entre Israel e o Hamas.

Continuação da mediação

Por outro lado, Mohammed Abdelrahmane Al-Thani Primeiro Ministro do Catar - pais com um papel chave na intermediação do conflito - diz que “prosseguem” os esforços de mediação com vista à obtenção de uma trégua mas que devido aos incessantes bombardeamentos israelitas, veem-se “reduzidas as possibilidades”.

Combates e requetes

Este domingo muito cedo, segundo o Hamas, a aviação israelita levou a cabo “raids muito violentos” perto de Khan Younès (ao sul de Gaza) e sobre a estrada em direcção a Rafah, também ao sul de Gaza e área fronteiriça com o Egipto. Segundo um jornalista da AFP, Khan Younès foi particularmente alvo de numerosos ataques noturnos.

Ao solo, os combates desenrolaram-se principalmente na região de Khan Younès, em Jabaliya (no norte) e na cidade de Gaza (ao norte), de acordo com ambos os protagonistas.

Por seu turno, os combatentes palestinianos continuaram a lançar roquetes em direcção de Israel mas, o exército afirma que a maior parte deles são interceptados pelo sistema anti-mísseis israelita.

Estados Unidos vendem obuses

Os Estados Unidos, aliados de Israel, aprovaram em carácter de “urgência” a venda a Israel de cerca de 14 000 obuses de 120 mm que equipam os tanques Merkava, utilizados na ofensiva a Gaza.

Quanto ao Primeiro Ministro israelita, Benyamin Netanyahu, disse no sábado à noite que a “Guerra Justa” que Israel leva a cabo “para eliminar” o Hamas vai prosseguir

“Impacto catastrófico”

Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da OMS, afirmou domingo que a guerra em Gaza entre Israel e o Hamas tem tido um impacto “catastrófico” sobre a saúde e que os agentes da saúde “fazem o seu melhor sob condições inimagináveis”.

Crianças deslocadas

“Cerca de 1 milhão de crianças foram forçadas a abandonar os seus lares” e têm sido “empurradas para áreas minúsculas e superpovoadas, sem água, sem alimentos e sem protecção”, de acordo com a UNICEF.

Drones abatidos

Uma fragata francesa em patrulha no mar Vermelho abateu durante a noite dois drones provenientes de regiões do Yémen, controlado pelos rebeldes Houthis, aliados do Hamas, que ameaçam perturbar o tráfego nessa via marítima estratégica.

Segundo Israel, 1.200 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas durante esse ataque, em que 240 foram raptadas e tornadas reféns naquele pequeno território palestiniano. Ao todo, 137 pessoas continuam cativas, após uma trégua no final de Novembro, que permitiu a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

Em represália ao ataque de 7 de Outubro, Israel jurou acabar com o Hamas, organização considerada como terrorista tanto pelos Estados Unidos como pela União Européia e, o seu exército tem conduzido desde então devastadores bombardeamentos do território palestiniano sitiado e onde o movimento palestiniano assumiu o poder em 2007.

Paralelamente, as forças israelitas despoletaram uma vasta operação terrestre lançada a 27 de Outubro.

O ministério da saúde do Hamas disse no sábado que os bombardeamentos israelitas já tinham feito 17 700 mortos, de entre os quais, maioritariamente mulheres e jovens de menos de 18 anos.

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