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Médio Oriente

Faixa de Gaza: entre anúncio e desmentido de cessar-fogo

Médio Oriente – Tinha sido anunciado para esta segunda, 16 de Outubro, um cessar fogo entre Israel e o Hamas no sul da Faixa de Gaza, para a entrada de ajuda humanitária e a saída de estrangeiros pela fronteira com o Egipto. Todavia, a  meio da manhã Telavive negou a existência desse acordo de cessar fogo.

Palestinianos junto a lixo acumulado que ameaça provocar uma catástrofe ambiental, em pleno conflito israelo-palestiniano em curso, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, a 16 de outubro de 2023.
Palestinianos junto a lixo acumulado que ameaça provocar uma catástrofe ambiental, em pleno conflito israelo-palestiniano em curso, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, a 16 de outubro de 2023. REUTERS - MOHAMMED SALEM
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A situação estava confusa na manhã desta segunda-feira, 16 de Outubro de 2023, no posto fronteiriço de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egipto.

Israel reviu em alta o número de sequestrados pelos Hamas.  199 pessoas teriam sido capturadas pelo grupo islamita Hamas durante o ataque de 7 de outubro, mais 44 do que o balanço anterior.

Segundo  o Sindicato palestiniano de jornalistas, desde o dia 7 de outubro, 11 jornalistas palestinianos já morreram e 20 ficaram feridos. 

Esta segunda feira o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi numa conversa telefónica com os seus homólogos iraniano e turco, considerou prioriário “desanuviar a situação” em Gaza para evitar uma "grave catástrofe humanitária” “ e a morte de mais civis inocentes.

Durante a conversa com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hosein Amir Abdolahian, o diplomata chinês defendeu que o direito à autodefesa deve respeitar o direito humanitário internacional e que responder à violência com mais violência só vai causar mais danos e provocar crises “mais graves”.

Numa altura em que o secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken volta a Israel o Kremlin acaba de anunciar que o presidente russo, Vladimir Putin, deveria conversar nesta segunda-feira com os dirigentes israelita, iraniano, egípcio, sírio e da Autoridade palestiniana.

Entretanto o antigo primeiro-ministro israelita, Ehud Barak, entrevistado pela France 24, alega que o chefe do executivo actual, Benjamin Netanyahu perdeu a confiança dos israelitas, mas que o exército não teria alternativa a não ser lançar uma grande ofensiva em Gaza.

Numa entrevista a Marc Perelman ele descartou quaisquer conselhos que pudessem vir a ser dados pelo aliado americano quanto à estratégia a adoptar após o ataque do Hamas contra Israel, e isto após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter afirmado que seria um "grande erro" se o Estado hebreu viesse a ocupar a faixa de Gaza.

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Ehud Barak, antigo primeiro-ministro israelita, entrevista da France 24 de Marc Perelman

 

Ficaríamos todos muito felizes se se conseguisse eliminar a capacidade militar do Hamas com uma intervenção aérea.

Mas não é o caso. Precisamos de tropas no terreno que lá fiquem durante semanas, talvez meses, até se certificarem da erradicação completa de qualquer capacidade militar do Hamas.

Não poderemos evitar estragos colaterais enquanto não se tiver evacuado completamente o norte de Gaza.

É claro que Benjamin Netanyahu não tem nem a confiança do povo, após este falhanço gigantesco que foi o ataque do Hamas, nem dos soldados no terreno.

Mas ele é actualmente o primeiro-ministro e é o líder do gabinete de crise, do gabinete de guerra.

 

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