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Râguebi

Raffaele Storti: «É possível vencer as Ilhas Fiji, se não fosse, não valia a pena jogar»

A Selecção Portuguesa de râguebi defronta as Ilhas Fiji em Toulouse, em território francês, neste domingo 08 de Outubro, num jogo a contar para o Grupo C do Mundial.

Raffaele Storti (esquerda), internacional português.
Raffaele Storti (esquerda), internacional português. © AFP - FRANCIS BOMPARD
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A Selecção Portuguesa ocupa actualmente o último lugar no Grupo C com dois pontos, isto após duas derrotas por 28-8 frente ao País de Gales e por 34-14 perante a Austrália, sem esquecer o empate histórico, 18-18, diante da Geórgia.

Os ‘Lobos’ ainda têm um jogo pela frente, no próximo domingo 08 de Outubro, em Toulouse, em que vão medir forças com as Ilhas Fiji.

O Grupo C era um grupo complicado para Portugal que foi a última equipa apurada para a prova, no entanto, apenas sofreu 80 pontos, o que é pouco quando comparado com outras selecções como a Roménia que sofreu 242 pontos, ou a Namíbia com 255, ou ainda o Chile com 215.

Os ‘Lobos’ rivalizam com adversários ditos mais fortes, num grupo em que todas as selecções, excepto Portugal, integram o top-11 mundial, sendo que os portugueses são 16º nesse ranking.

Portugal, já eliminado, encerra a participação na prova frente às Ilhas Fiji, uma selecção que ocupa o terceiro lugar com dez pontos, um atrás da Austrália, no entanto os fijianos têm um jogo a menos.

Os portugueses, em caso de vitória, podem impedir os fijianos de seguirem em frente. No entanto as Ilha Fiji têm três resultados possíveis para carimbar o passaporte para os quartos, a vitória, o empate ou ainda a derrota com o ponto de bónus defensivo, isto significaria perder por sete pontos ou menos.

A partida vai decorrer em Toulouse, no Sul da França, lugar onde Portugal empatou frente à Geórgia, estádio de boas memórias para os ‘Lobos’.

Recorde-se que no domingo, 01 de Outubro, Portugal perdeu por 34-14 frente à Austrália, em Saint-Étienne, naquele que era o terceiro encontro para os portugueses, e o quarto e último para os australianos.

Raffaele Storti (direita), internacional português.
Raffaele Storti (direita), internacional português. © AFP - CHARLY TRIBALLEAU

Para Raffaele Storti, internacional luso, em entrevista à RFI, é necessário realçar os pontos positivos do encontro frente à Austrália e deste torneio em que Portugal mostrou ser competitivo.

RFI: Que análise podemos fazer da ‘curta’ derrota frente aos australianos?

Raffaele Storti: Foi um jogo muito, muito duro. Eles eram muito intensos. Senti-me bem, levei algumas mocadas. Acabei por sair com um toque. Depois a título colectivo estivemos bem. Na primeira parte, infelizmente, só conseguimos concretizar uma das nossas oportunidades, mas mostramos que conseguimos impor o nosso râguebi mesmo contra as melhores nações do râguebi. Acho que é, também, olhar para os pontos positivos. Não podemos estar sempre de cabeça em baixo e pensar só nos pontos negativos. Ninguém esperava uma vitória nossa, portanto não conseguimos desta vez, mas ao menos conseguimos mostrar o nosso jogo e estamos aqui para competir contra todas as equipas.

RFI: O cartão amarelo do Pedro Bettencourt fez a diferença? Sofreram 21 pontos nesses 10 minutos…

Raffaele Storti: Acho que não foi isso. Claro que ter menos um jogador em campo dificulta as coisas, mas não culpamos o Pedro. Eles também tiveram dois amarelos, estiveram a 13, e nós não conseguimos aproveitar. Cabe à equipa adaptar-se. Sofremos nesse momento, a Austrália aproveitou desse momento a 14, mas não foi isso que ditou a nossa derrota.

RFI: Portugal não sofreu derrotas pesadas como outras nações, isso foi importante?

Raffaele Storti: Uma derrota é sempre uma derrota. Mas sim acho que surpreendemos todos os fãs de râguebi, mostrando que estamos a competir, a lutar, contra todas as selecções que defrontamos. Estivemos bem e temos de estar orgulhosos do jogo que fizemos, e também dos dois precedentes. Agora temos um jogo complicado frente às Ilhas Fiji.

RFI: Marcou ensaios, Portugal tem jogado bem, é um Mundial de sonho já?

Raffaele Storti: O Mundial de sonho seria alcançar uma vitória, é esse o objectivo principal. Os ensaios são um bónus, claro que fico feliz, mas não é o principal. Para mim o Mundial de sonho será concretizado com um triunfo.

RFI: É possível vencer as Ilhas Fiji?

Raffaele Storti: Claro que é possível, se não fosse, não valia a pena jogar. Os fijianos são tão ou mais físicos do que os australianos. Eles são muito intensos. Eles têm um jogo talvez mais desorganizado, mas que na desorganização conseguem criar muitos espaços e fazer coisas que muitas equipas não conseguem fazer. Vamos analisar as Ilhas Fiji ao pormenor, e vamos tentar fazer o melhor jogo possível. 

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Raffaele Storti, internacional português 02-10-2023

Raffaele Storti, jogador da Selecção Portuguesa.
Raffaele Storti, jogador da Selecção Portuguesa. © AFP - CHARLY TRIBALLEAU

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