Francisco Campos: «Vou tentar entrar na fuga na etapa da Senhora da Graça»

A Volta a Portugal em bicicleta prosseguiu esta sexta-feira com a oitava etapa entre as cidades de Boticas e de Fafe. O vencedor da etapa foi o colombiano Adrián Bustamante (Kelly / Simoldes / UDO), numa etapa em que Francisco Campos da equipa angolana BAI - Sicasal - Petro de Luanda terminou no 36° lugar.

Francisco Campos, ciclista da BAI-Sicasal-Petro de Luanda. © Cortesia BAI-Sicasal-Petro de Luanda

A prova portuguesa prosseguiu nesta sexta-feira com o primeiro triunfo para o ciclista colombiano Adrián Bustamante (Kelly / Simoldes / UDO) que se superiorizou ao sprint aos espanhóis Mikel Iturria e Luis Ángel Maté, ambos da equipa Euskaltel - Euskadi na oitava etapa disputada entre as cidades de Boticas e de Fafe numa distância de 146,7 quilómetros.

Na geral individual, o ciclista suíço Colin Stüssi (Team Vorarlberg) é o líder e veste a camisola amarela da Volta a Portugal, com 28 segundos de vantagem em relação ao russo Artem Nych (Glassdrive Q8 Anicolor) e também com 28 segundos de vantagem em relação ao espanhol Luis Ángel Maté (Euskaltel - Euskadi).

A prova conta com uma única proveniente do continente africano, a equipa angolana BAI - Sicasal - Petro de Luanda.

A equipa de Angola contou com dois ciclistas nacionais - Daniel Paiva e Hosana Gonçalves -, que já desistiram, e ainda conta com um português - Francisco Campos - e quatro espanhóis - José Manuel Gutierrez, Pablo García, Unai Esparza e Mikel Mujika.

O melhor ciclista da equipa deste país da África austral nesta oitava etapa foi Mikel Mujika que terminou na 24ª posição a 1 minuto e 06 segundos do vencedor da etapa.

Na geral individual, o melhor ciclista da equipa angolana é o espanhol Mikel Mujika que ocupa a 27ª posição a 22 minutos e 30 segundos do líder da prova, Colin Stüssi.

De notar que na classificação da juventude, o espanhol Pablo García, de 22 anos, da BAI - Sicasal - Petro de Luanda ocupa a terceira posição a 25 minutos e 12 segundos do líder da classificação, o português Afonso Eulálio (ABTF Betão - Feirense).

Durante a Volta a Portugal, continuamos a seguir a prova de Francisco Campos que representa a única equipa angolana presente nesta competição.

Após a oitava etapa da prova, Francisco Campos frisou que a etapa correu bem, mas foi impossível entrar na luta pela vitória.

RFI: Como correu o dia? 36° lugar num final complicado e rápido..

Francisco Campos: Pessoalmente era o último dia que tinha uma oportunidade de disputar a etapa. No final trazia até boas sensações, infelizmente a corrida acabou por ser jogada, um bocadinho, com os da geral, e a retirar aqui a oportunidade de entrar na luta.

RFI: Como foi o dia para a equipa? 24° lugar para o Mikel..

Francisco Campos: Uma saída difícil mas depois um dia tranquilo. Até à última subida a equipa esteve bem e apresenta-se bem para enfrentar os últimos dias.

RFI: Este sábado, Senhora da Graça, como se prepara para uma etapa destas? E qual será o objectivo?

Francisco Campos: Neste momento a preparação é descansar, alimentar e hidratar. Para ser protagonista num dia destes, temos de estar realmente bem e ter aptidões para a montanha. Caso seja possível tentarei estar na fuga e entrar o mais à frente possível.

RFI: Na prova em si, o suíço da Voralberg, Colin Stüssi (Team Vorarlberg), resistiu na liderança, Luis Ángel Maté aproximou-se do líder, a Glassdrive parece não ter líder decidido… O que esperar desta prova? Alguém o impressionou?

Francisco Campos: Não me lembro de entrarmos na etapa da Senhora da Graça com 6/7 possíveis vencedores. Será um dia que poderá marcar as maiores diferenças desta Volta, no entanto pode até ficar tudo ainda mais em aberto para o dia do contra-relógio. A surpreender pela positiva está o esquadrão da Euskadi que se apresenta bem e que pode jogar várias cartas no dia de amanhã (ndr: sábado). Pela negativa a Glassdrive que parece não estar a conseguir emendar os seus erros, mas espera-se que este sábado façam uma etapa idêntica à da Guarda. De tudo farão para voltar a vestir de amarelo e se possível deixar tudo praticamente decidido. Veremos!

Francisco Campos, ciclista português. © Cortesia BAI-Sicasal-Petro de Luanda