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Ucrânia

Moscovo confirma ter efectuado "exercícios" militares no Mar Negro

O Ministério russo da Defesa informou esta sexta-feira ter efectuado um « exercício » militar no noroeste do Mar Negro, indicando ter usado mísseis anti-navios que foram atirados para abater alvos no mar.

Mar negro (imagem de ilustração).
Mar negro (imagem de ilustração). © OLEKSANDR GIMANOV / AFP
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Do lado ucraniano, as autoridades do porto de Odessa confirmaram hoje que as forças russas bombardearam armazéns de cereais dessa zona do sudoeste da Ucrânia, tendo provocado dois feridos.

Isto acontece poucos dias depois de a Rússia se ter retirado do acordo para a exportação de cereais russos concluído em Julho do ano passado. Após abandonar este compromisso, Moscovo tinha tecido advertências contra a tentação de a Ucrânia pretender escoar as suas mercadorias pelo Mar Negro, argumentando que doravante "havia riscos"Advertências semelhantes foram formuladas por Kiev ontem, ao referir que daqui por diante os navios russos sobre o Mar Negro seriam tratados como potenciais alvos militares.

Apesar destas evoluções no terreno, o Presidente turco, Recep Erdogan, que mediou juntamente com a ONU o acordo sobre os cereais, disse hoje ter esperança de conseguir convencer Vladimir Putin a relançar este compromisso.

Noutro aspecto, a Casa Branca confirmou que a Ucrânia começou esta semana a utilizar as bombas de fragmentação fornecidas pelos Estados Unidos. De acordo com John Kirby, porta-voz da Casa Branca, as forças ucranianas utilizam estas armas "de forma apropriada. Elas usam-nas eficazmente e elas têm realmente um impacto sobre as formações defensivas russas e as manobras defensivas" de Moscovo.

Este não é contudo o discurso de Vladimir Putin que hoje, em declarações públicas durante uma reunião do seu Conselho de Segurança, disse que a contra-ofensiva ucraniana não estava a surtir efeitos, que "os recursos colossais que foram injectados no regime de Kiev não ajudam" e que "as entregas de armas ocidentais, de carros de assalto, de artilharia e de misseis, também não".

Putin avisou, por outro lado, que "o desencadear de uma agressão contra a Bielorrússia (país aliado), seria o equivalente de uma agressão contra a Federação da Rússia" e que Moscovo daria resposta a isso "por todos os meios" possíveis.

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