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Médio Oriente

Dois combatentes palestinianos mortos em ofensiva militar israelita em Nablus

Dois combatentes palestinos foram mortos nesta sexta-feira durante uma nova ofensiva militar israelita na Cisjordânia ocupada, numa altura em que a ONU acaba de lançar um apelo a Israel no sentido de actuar a favor de "processo político sério" com os palestinianos, isto em pleno recrudescimento da violência.

Palestinianos carregam o corpo de uma das vítimas da ofensiva militar israelita em Nablus, na Cisjordânia, nesta sexta-feira, 7 de Julho de 2023.
Palestinianos carregam o corpo de uma das vítimas da ofensiva militar israelita em Nablus, na Cisjordânia, nesta sexta-feira, 7 de Julho de 2023. AP - Majdi Mohammed
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Segundo o exército israelita, Khaïri Chahine (34 anos) e Hamza Maqboul (32 anos), ambos membros do braço armado da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), foram mortos "após uma troca de tiros com as forças israelitas" na antiga cidade de Nablus, bastião de grupos armados palestinianos no norte da Cisjordânia, onde o exército israelita tem multiplicado o que apresenta como sendo "operações antiterroristas".

No seu comunicado, Tsahal afirma ter entrado na cidade para tentar proceder à detenção daqueles que apresentou como "terroristas", sendo que -segundo o seu relato- os dois combatentes palestinianos acabaram por morrer na troca de tiros ocorrida depois de as forças israelitas cercarem uma habitação.

Ontem, um soldado israelita foi morto num ataque palestiniano no norte da Cisjordânia. O militar foi sepultado nesta sexta-feira no cemitério militar do Monte Herzl em Jerusalém, Tsahal afirmando ter "neutralizado" o seu agressor, cuja morte não chegou ainda a ser anunciada oficialmente.

Este ataque foi reivindicado pelo movimento islamista Hamas, em resposta à operação militar israelita contra o campo de refugiados de Jenin, no início da semana, durante o qual morreram 12 palestinianos e um israelita.

Perante esta situação, o secretário-geral da ONU lançou ontem um apelo a negociações entre as duas partes."Restaurar a esperança do povo palestiniano no âmbito de um processo político sério, levando a uma solução de dois Estados e ao fim da ocupação, é a contribuição essencial de Israel para sua própria segurança", considerou António Guterres.

"Eu entendo as preocupações legítimas de Israel com a sua segurança. Mas a escalada não é a resposta correcta. Isso reforça a radicalização e leva a um ciclo de violência e derramamento de sangue que se agrava", considerou ainda o secretário-geral da ONU ao denunciar o "recurso excessivo à força" por parte do exército israelita.

Segundo uma contagem estabelecida a partir de dados oficias, desde o começo do ano, o recrudescimento da violência na região, causou pelo menos 192 mortos do lado palestiniano e 27 do lado israelita.

Israel ocupa a Cisjordânia desde 1967.

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