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União Europeia

UE continua firme no apoio à Ucrânia mas está no impasse quanto aos migrantes

No segundo e último dia da sua cimeira em Bruxelas, os 27 reiteram o seu apoio à Ucrânia em termos de segurança, tendo igualmente reflectido sobre um mecanismo de apoio financeiro. Já sobre o outro grande pelouro do encontro, a procura de um consenso sobre a sua política migratória, os líderes europeus não conseguiram avançar.

Sede da Comissão Europeia em Bruxelas. (imagem de ilustração)
Sede da Comissão Europeia em Bruxelas. (imagem de ilustração) AFP - JOHN THYS
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Continua em cima da mesa um acordo preliminar assinado a 8 de Junho no Luxemburgo estabelecendo que cada Estado-membro tenha a obrigação de acolher determinado número de migrantes ou refugiados por ano ou então pagar 20 mil euros por cada estrangeiro não recolocado. Nem a Hungria, nem a Polónia concordam com este projecto de acordo.

"É um combate pela liberdade, não uma rebelião" argumenta Viktor Orban, o primeiro-ministro nacionalista da Hungria, enquanto Mateusz Morawiecki, o seu homólogo polaco, também ultraconservador, acusa "certos países de pretender passar para o acolhimento forçado de migrantes".

Ambos os países que já no passado recusaram o princípio do estabelecimento de cotas para o acolhimento de estrangeiros na Europa, reclamam que as decisões sobre este dossier sejam tomadas por unanimidade.

No seu caso particular, a Polónia que acolhe mais de um milhão de refugiados ucranianos desde a invasão russa em 2022, pede fundos suplementares para fazer face à situação.

Quanto ao outro prato forte desta cimeira, a Ucrânia, os 27 declararam que iriam assumir compromissos de longo prazo para reforçar a segurança desse país. O chefe do governo belga confirmou, por outro lado, que tem havido uma reflexão sobre uma forma de desbloquear 3 mil milhões de Euros por ano em proveito da Ucrânia através de uma taxa sobre os juros gerados pelos 200 mil milhões de Euros de bens russos bloqueados dentro da União Europeia.

Esta manhã, uma dezena de países, entre os quais a França e Portugal, também reflectiram sobre reformas a serem equacionadas para integrar a Ucrânia na União Europeia, um pedido reiterado em múltiplas ocasiões por Volodymyr Zelensky.

Refira-se, noutro aspecto, que a Espanha inicia amanhã os seis meses da sua presidência rotativa da UE. O chefe do govenro espanhol prevê iniciar esta presidência com uma visita neste sábado a Kiev durante a qual pretende reiterar junto de Zelensky o apoio "infalível" da UE à Ucrânia.

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