Kiev afirma avançar lentamente e Moscovo diz ter morto dois generais ucranianos

A Ucrânia afirmou hoje estar a progredir lentamente no leste, quando está praticamente há um mês a efectuar a sua contra-ofensiva. A Rússia afirma, por sua vez, ter morto dois generais ucranianos durante o bombardeamento pelas suas forças da localidade de Kramatorsk, a 50 quilómetros da linha frente leste, nesta terça-feira.

Operações de socorros em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, depois do ataque russo do dia 27 de Junho de 2023. © Genya Savilov / AFP

"Avançamos perto de Bakhmut e estamos a continuar" declarou na rede Telegram o comandante das forças terrestres ucranianas Oleksandre Syrsky. Desde há várias semanas, Kiev encetou a sua contra-ofensiva no leste do país, reivindicando ter retomado o controlo de uma dezena de localidades.

Por sua vez, a Rússia refere que dois generais morreram durante os bombardeamentos que efectuou na terça-feira contra Kramatorsk, no leste da Ucrânia, um ataque que segundo um novo balanço oficial causou pelo menos 12 mortos.

Enquanto os combates continuam no terreno, as autoridades russas tentam enviar a mensagem de que estão a regressar à normalidade depois da tentativa de desestabilização protagonizada pelo grupo paramilitar Wagner e o seu chefe Evgueni Prigojin.

Ontem à noite, o Presidente russo deslocou-se ao Cáucaso, no sul do país, tendo sido divulgadas imagens dele no meio de populares, prova segundo o Kremlin de que haveria uma "demonstração de apoio dos russos" ao seu Presidente.

Já do lado de Bruxelas onde está novamente reunido hoje e amanhã o Conselho Europeu, considera-se que Putin saiu enfraquecido deste episódio. Ainda antes desta reunião, o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell considerou que "até agora se considerava a Rússia como uma ameaça devido à força que desdobrou na Ucrânia. Hoje devemos considerar a Rússia como um risco devido à sua instabilidade interna".