Timor-Leste: CNRT vence mas precisa de coligação
O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) venceu as eleições legislativas em Timor-Leste, sem obter, porém, a maioria absoluta. O partido de Xanana Gusmão conquistou 31 dos 65 assentos parlamentares e terá de fazer uma coligação para governar.
Publicado a: Modificado a:
De acordo com os resultados gerais provisórios do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral- STAE- o Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste-CNRT- venceu as eleições legislativas, sem obter, porém, a maioria absoluta.
O partido de Xanana Gusmão obteve 41,62% dos votos, 31 dos 65 assentos parlamentares, e terá de fazer uma coligação para governar. O Partido Democrático, que passou a terceira força política, agora com seis deputados, é dado como o favorito na aliança com o CNRT.
Em declarações recolhidas pela agência de notícias Lusa, o presidente do CNRT referiu que o voto destas legislativas mostra que “o povo está cansado e quer mudança”
“Quer mudança e temos de reafirmar e consolidar o processo de construção do Estado. Orgulhávamo-nos de ser um país que já estava a sair da fragilidade para a resiliência. E, de repente, voltou tudo para trás”,disse.
Nestas quintas eleições legislativas, a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente -Fretilin- de Mari Alkatiri, ficou em segundo lugar, com 25,75%, passando de 23 para 19 deputados.
O Partido Libertação Popular do primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, perdeu metade dos oito lugares no Parlamento, passando de terceira para quinta força política. O partido Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) mantém os cinco assentos parlamentares.
A composição do Parlamento timorense fica reduzido a cinco bancadas partidárias, contra as oito que tinha até agora.
Esta terça-feira, o chefe de Estado de Timor-Leste reconheceu a urgência de se avançar com a formação do novo Governo, permitindo a aprovação de um orçamento rectificativo. José Ramos Horta felicitou os timorenses pela forma “exemplar” como participaram nestas eleições.
Segundo as Nações Unidas, Timor-Leste está entre os países mais pobres do mundo, com graves problemas de analfabetismo, subnutrição, malária e tuberculose. Mais de 40% da população vive com menos de 50 cêntimos por dia e as famílias são numerosas.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro