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Timor-Leste

Timor-Leste: Partido de Xanana Gusmão vence legislativas

O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), de Xanana Gusmão, venceu as eleições legislativas em Timor-Leste, numa altura em que está praticamente concluída a contagem dos votos. Falta apenas saber se o CNRT terá maioria absoluta ou se será obrigado a fazer uma coligação.

O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), partido de Xanana Gusmão, vence as quintas legislativas.
O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), partido de Xanana Gusmão, vence as quintas legislativas. Lusa
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O partido de Xanana Gusmão, o Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste- CNRT- venceu as eleições legislativas em Timor Leste. Quando estão apurados mais de 90% dos centros de votação, o CNRT contabiliza 41,59 dos votos, 31 dos 65 deputados. Em segundo lugar surge a Fretilin de Mari Alkatiri, com cerca de 26,4% dos votos-19 deputados- seguido do Partido Democrata com 9,09%, 6 deputados, e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) com 7,25%, devendo manter os actuais cinco lugares.

Resta saber se o CNRT consegue a maioria absoluta ou se terá de governar em coligação com o Partido Democrático, o que daria às duas forças políticas uma maioria clara, ainda que matematicamente a maioria absoluta ainda seja possível, tendo em conta os votos que falta contar.

O chefe da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP- às eleições Parlamentares em Timor-Leste, o embaixador angolano, José Marcos Barrica, disse à RFI que a maioria absoluta é um cenário possível.

“Dados que estamos a observar podem indicar essa tendência. Quando estivemos reunidos com essa formação política -como tivemos com outras- o CNRT tinha a convicção de que conseguiria a maioria absoluta. Na sua óptica, era a única maneira de poder fazer uma governação tranquila e sem as perturbações que as coligações, por vezes, provocam. Se [CNRT] não conseguir maioria, penso que já terão alguma coligação em vista”, explicou.

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Embaixador angolano e chefe da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP- às eleições Parlamentares em Timor-Leste. 2

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, garante que vai convidar o partido mais votado nas eleições a formar Governo, sublinhando que que não aceitará qualquer coligação que lhe seja apresentada.

"Participação Massiva"

O chefe da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP- às eleições Parlamentares em Timor-Leste disse que a taxa de participação foi massiva e o pleito decorreu “em condições adequadas”.

“A participação foi massiva. O pleito eleitoral decorreu em condições adequadas, com muita ordem e civismo”, salientou.

Questionado sobre as irregularidades apontadas pelo Secretariado de Administração Eleitoral, problemas técnicos e de internet que atrasaram a divulgação dos resultados, José Marcos Barrica refere que “não estivemos a acompanhar o processo no seu todo”. Todavia, reconhece que “houve pequenos atrasos e algumas pessoas não dominavam o processo de votação”.

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José Marcos Barrica,embaixador angolano e chefe da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP- às eleições Parlamentares em Timor-Leste,

Mais de 890 mil eleitores foram chamados às urnas este domingo, 21 de Maio, para escolher entre 17 partidos concorrentes os 65 deputados do Parlamento Nacional. A criação de emprego jovem e a diversificação da economia, num país muito dependente do petróleo, foram os grandes temas de campanha destas quintas eleições legislativas.

De acordo com as Nações Unidas, Timor-Leste está entre os países mais pobres do mundo, com graves problemas de analfabetismo, subnutrição, malária e tuberculose. Mais de 40% da população vive com menos de 50 cêntimos por dia e as famílias são numerosas.

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