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Timor-Leste

Timor-Leste: Urnas para as maiores legislativas de sempre já encerraram

Os eleitores timorenses foram chamados às urnas este domingo, 21 de Maio, para participar nas quintas eleições legislativas do país que, segundo analistas, colocam frente-a-frente duas figuras da resistência de Timor-Leste a concorrer para o cargo de primeiro-ministro.

Eleitores timorenses fazem fila para votar nas eleições legislativas, 21 de Maio de 2023.
Eleitores timorenses fazem fila para votar nas eleições legislativas, 21 de Maio de 2023. AFP - VALENTINO DARIEL SOUSA
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Mais de 890 mil eleitores foram chamados às urnas este domingo, 21 de Maio, para escolher entre 17 partidos concorrentes os 65 deputados do Parlamento Nacional. Este é o maior número de eleitores de sempre no país. 

Nas legislativas deste domingo concorreram 17 partidos, num escrutínio marcado por uma forte polarização entre o CNRT, Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor Leste, de Xanana Gusmão e a FRETILIN, Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente, de Mari Alkatiri. As duas maiores forças do país podem não conseguir uma maioria absoluta, precisando de partidos mais pequenos para formar um governo.

Muitos eleitores foram obrigados a viajar várias horas para votar, o governo concedeu tolerância de ponto na sexta-feira e na segunda-feira. "Há grandes distâncias a percorrer. Há pessoas que trabalham em Díli e têm de se deslocar a muitos quilómetros, em situações difíceis, para outras zonas do país, mas o governo concedeu tolerância de ponto durante dois dias. Ontem foi o dia das comemorações do 21º aniversário da independência de Timor. Haverá tolerância de ponto amanhã para permitir que as pessoas se desloquem. A grande afluência às urnas levou a longas filas, mas todos os que quiserem, puderam votar", descreve António Maló de Abreu, observador eleitoral da Assembleia Parlamentar da CPLP em Timor-Leste.

As eleições estão a ser acompanhadas no terreno por mais de 250 observadores internacionais. Ao longo do dia, fiscais partidários, observadores internacionais e muitos jornalistas, incluindo de Portugal, da Austrália e da China, acompanharam a votação, que fica marcada por um número recorde de centros de votação, muitos deles instalados em escolas. 

"Surpreendeu-me a forma muito ordeira e, sobretudo, de grande participação eleitoral. Eram eleições muito polarizadas à volta de dois partidos. Há uma tentativa de um deles conseguir uma maioria absoluta para garantir a governabilidade em Timor. Esta polarização levou a que houvesse uma maior participação nestas eleições", acrescentou o observador eleitoral da Assembleia Parlamentar da CPLP em Timor-Leste.

Estas são as quintas eleições legislativas do país desde a independência de Timor-Leste, em 2002, depois de décadas de ocupação pela Indonésia. A contagem dos votos pode demorar vários dias e a tomada de posse dos novos deputados está marcada para dia 12 de Junho.

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