Volodymyr Zelensky no centro das atenções da cimeira do G7 em Hiroshima

Passados três dias de reuniões no Japão, a cimeira do G7 chegou ao fim. Embora se esperasse uma cimeira que abordasse tópicos como a "coerção económica" da China e as mudanças climáticas, a chegada surpresa do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Hiroshima esteve no centro das atenções.

Volodymyr Zelensky no centro das atenções da cimeira do G7 em Hiroshima. © Susan Walsh / AP

A agenda do G7 estava completa e foi preciso fazer malabarismos para comprimir o programa de reuniões bilaterais. O presidente francês, Emmanuel Macron, e seu homólogo indonésio Joko Widodo tinham previsto uma reunião de 45 minutos, encurtada para um quarto de hora com a chegada de Volodymyr Zelensky, que aterrou de surpresa um dia e meio depois da chegada dos seus homólogos a Hiroshima, no Japão.

Antes da chegada de Volodymyr Zelensky, a Ucrânia esteve no centro dos debates, primeiro com as novas sanções contra a Rússia ou a entrega dos aviões F16 pelos Estados Unidos. Joe Biden disse que recebeu garantias do seu homólogo ucraniano de que os caças americanos não atacariam o território russo.

O Presidente norte-americano anunciou este domingo o fornecimento de novas armas e munições à Ucrânia durante uma reunião com Zelensky, à margem da cimeira do G7 em Hiroshima.

Volodymyr Zelensky admitiu o controlo de Bakhmut pela Rússia

O Presidente ucraniano admitiu este domingo, de forma ambígua, o controlo russo de Bakhmut, mas minimizou a importância estratégica da cidade, onde disse que "já não existe nada".

Questionado se cidade do leste da Ucrânia ainda estava nas mãos das forças ucranianas, Zelensky respondeu “não me parece”, acrescentando que “já não existe nada, todos os edifícios foram destruídos”. “Para já, Bakhmut existe apenas nos nossos corações. Não há nada. Bem, muitos soldados russos mortos, mas eles vieram por nossa causa”, declarou o Presidente ucraniano.