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#Rússia

Alexei Navalny denuncia "paródia cínica" da justiça russa

Esta quarta-feira, começam as audiências de dois líderes da oposição russa, Alexei Navalny e Yevgueni Roizman. Alexei Navalny está preso desde 2021, quando regressou à Rússia depois de ter sido tratado na Alemanha por um envenenamento que ele atribuiu a Moscovo. Agora, Navalny incorre numa pena de 35 anos de prisão por “extremismo” e denuncia uma "paródia cínica" da justiça russa.

Alexei Navalny em videoconferência na sua primeira audiência em novo julgamento. 26 de Abril de 2026.
Alexei Navalny em videoconferência na sua primeira audiência em novo julgamento. 26 de Abril de 2026. AFP - KIRILL KUDRYAVTSEV
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São dois dos principais rostos da oposição russa e começam hoje a ser julgados. Alexei Navalny é julgado por “extremismo” por liderar o entretanto ilegalizado Fundo de Luta contra a Corrupção e Yevgueni Roizman por “desacreditar" o exército russo sobre a guerra na Ucrânia.

Alexei Navalny está preso desde 2021, ano em que regressou à Rússia depois de ter sido tratado na Alemanha por um envenenamento que atribuiu a Moscovo. O opositor está a cumprir uma pena de oito anos após condenação por vários crimes económicos e a sua equipa de defesa suspeita que ele esteja a ser envenenado na prisão e pede que lhe sejam feitos exames toxicológicos e radiológicos. Navalny perdeu recentemente oito quilos e vai assistir à audiência por videoconferência. Neste novo caso contra si, o ministério público russo vai pedir uma condenação a 35 anos de cadeia por "extremismo".

Em declarações transmitidas pela equipa de defesa antes do início da audiência, Alexei Navalny denunciou como “absurdas” as acusações contra ele e falou em "paródia cínica" da justiça russa. O opositor acrescentou que a próxima etapa contra ele vai ser condená-lo à prisão perpétua. A defesa também denunciou não ter tido o acesso ao dossier e às acusações exactas do seu cliente.

Também esta quarta-feira, começou o julgamento de Yevgueni Roizman, o único opositor do Kremlin que liderou a câmara municipal de uma cidade de mais de um milhão de habitantes, Ekaterimburgo. Yevgueni Roizman declarou-se inocente no início da audiência. Ele é acusado de “desacreditar o exército” russo sobre a guerra na Ucrânia. Quando criticou abertamente o presidente Vladimir Putin e sua ofensiva na Ucrânia, Roizman disse que tinha consciência que poderia ser preso a qualquer momento.

Em 2013, ele tornou-se no primeiro autarca opositor de maior destaque na Rússia e permaneceu por cinco anos no poder em Ekaterimburgo. Em Agosto do ano passado, as autoridades abriram uma investigação contra ele por acusações de "desacreditar" o exército russo em comentários sobre a guerra na Ucrânia.

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