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Rússia

Opositor russo Alexeï Navalny foi condenado a 9 anos de prisão

O opositor russo Alexeï Navalny foi hoje condenado a 9 anos de prisão num estabelecimento com condições ainda drásticas do que aquelas a que está submetido no estabelecimento onde se encontra preso desde Fevereiro de 2021, em Pokrov a 100 quilómetros de Moscovo. Navalny foi considerado culpado de «ultraje a magistrado» e «fraude» num caso em que é acusado do desvio de milhões de rublos doados às suas organizações de luta contra a corrupção.

O líder da oposição russa Alexeï Navalny no dia 20 de Fevereiro de 2021, em Moscovo.
O líder da oposição russa Alexeï Navalny no dia 20 de Fevereiro de 2021, em Moscovo. AP - Alexander Zemlianichenko
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A pena a que o opositor foi hoje condenado anula e substitui os dois anos e meio que estava a cumprir desde 2021 e inclui o ano que já efectuou na prisão.

O militante de 45 anos que qualifica as acusações que recaem sobre ele de «políticas» com o objectivo de mantê-lo preso o máximo tempo possível, considerou hoje em mensagens publicadas na sua conta Twitter depois do veredicto que «Putin tem medo da verdade» e garantiu que «a luta contra a censura e para trazer a verdade aos habitantes da Rússia continuam a ser a sua prioridade».

A seguir à leitura da sentença, os advogados de defesa de Alexeï Navalny foram brevemente detidos, na altura em que estavam a responder a jornalistas na rua, junto ao estabelecimento penitenciário onde o activista estava a ser julgado desde o mês passado.

Esta condenação sucede numa altura em que o poder russo tem vindo a apertar cada vez mais o cerco em torno das vozes dissidentes.

Esta terça-feira, o Supremo Tribunal de Justiça russo confirmou a decisão de extinguir a ONG Memorial, uma organização de defesa dos Direitos Humanos que é considerada a guardiã da memória dos milhões de vítimas dos crimes cometidos durante a era soviética.

Também hoje, os deputados russos validaram o reforço de um dispositivo legal adoptado no começo do mês que prevê 15 anos de prisão para quem veicular «inverdades» sobre a acção de Moscovo no exterior, nomeadamente sobre o conflito na Ucrânia.

Desde o começo da ofensiva na Ucrânia, a Rússia proibiu vários órgãos locais e internacionais. Ainda ontem, as autoridades russas proibiram no seu território as redes sociais Facebook, Instagram e Twitter, o grupo Meta que tutela Facebook tendo sido qualificado de «extremista».

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