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Reacções/caso Navalny

Caso Navalny: UE, ONU e EUA pedem libertação do opositor russo

O opositor russo Alexei Navalny foi ontem condenado a 9 anos de prisão pelos crimes de “fraude” e “desrespeito ao tribunal”, uma decisão que está a gerar muitas reacções um pouco por todo o mundo. A União Europeia, a Organização das Nações Unidas e os Estados Unidos da América já se pronunciaram sobre este veredicto e pediram a libertação do activista russo.

O opositor russo, Alexei Navalny, na prisão.
O opositor russo, Alexei Navalny, na prisão. AP - Denis Kaminev
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A União Europeia reagiu a esta condenação, através de um comunicado, e apelou à “libertação imediata e incondicional” de Alexei Navalny, salientando que o governo russo continua a ignorar “o respeito pelos direitos humanos” e pelas “liberdades fundamentais”.

Na nota publicada, a EU lamenta que a audiência do activista russo tenha decorrido “à porta fechada”, uma vez que considera que esta situação abre um precedente para “a fabricação de acusações e falta de exercício dos direitos de defesa do acusado”.

Por seu turno, as Nações Unidas, através do escritório de Direitos Humanos, também manifestaram as suas dúvidas quanto à transparência do processo.

"O facto de o processo ter ocorrido na prisão, a portas fechadas, levanta dúvidas sobre o cumprimento das normas exigidas para um julgamento justo", disse Elizabeth Throssell, numa resposta à agência de notícias EFE.

Por sua vez, os Estados Unidos da América também condenaram esta pena atribuída a Navalny. “Condenamos a sentença politicamente motivada pelas autoridades russas do líder da oposição Aleksey Navalny, por acusações espúrias adicionais, a mais nove anos numa prisão de alta segurança”, começou por dizer Ned Price, porta-voz norte-americano.

Ned Price foi mais longe e garantiu que esta pena é a continuação dos sucessivos ataques de Moscovo ao activista russo.

Esta estranha pena de prisão é uma continuação do ataque de anos do Kremlin a Navalny e aos seus movimentos por transparência e responsabilidade do Governo", acrescentou Ned Price, pedindo igualmente a libertação do activista russo.

A Amnistia Internacional também já reagiu à notícia e defendeu tratar-se de uma "violação dos direitos humanos", defendendo que existem motivações políticas que levaram a esta condenação.

De salientar que Alexei Navalny cumprirá a pena num estabelecimento prisional de alta segurança, em condições ainda mais drásticas do que aquelas a que se encontrava submetido na prisão em Pokrov, a 100 quilómetros de Moscovo, onde estava detido desde Fevereiro de 2021.

Esta pena, note-se, anula e substitui os dois anos e meio que estava a cumprir desde 2021 e inclui o ano que já efectuou na prisão.

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