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Arábia Saudita/Irão

Irão e Arábia Saudita aproximam-se em Pequim

A Arábia Saudita e o Irão deram mais um passo na normalização das suas relações. Quatro semanas após o anúncio de um acordo, apadrinhado pela China, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países encontraram-se nesta quinta-feira 6 de Abril em Pequim. Riade e Teerão mostram a vontade de pôr em prática o acordo assinado no mês passado.

O chefe da diplomacia do país anfitrião, Qin Gang (centro), apertou as mãos dos seus homólogos, Hossein Amirabdollahian (esquerda) do Irão e Príncipe Faisal bin Farhan Al Saud (direita) da Arábia Saudita.
O chefe da diplomacia do país anfitrião, Qin Gang (centro), apertou as mãos dos seus homólogos, Hossein Amirabdollahian (esquerda) do Irão e Príncipe Faisal bin Farhan Al Saud (direita) da Arábia Saudita. © AP
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A união foi selada há um mês pela China e Pequim continua no comando, visto que é novamente na capital chinesa que decorreu o encontro entre os dois países. Aliás perante os fotógrafos, foi o chefe da diplomacia do país anfitrião, Qin Gang, que apertou as mãos dos seus homólogos, Hossein Amirabdollahian do Irão e Príncipe Faisal bin Farhan Al Saud da Arábia Saudita.

Após os negociadores, foram os responsáveis dos países que se encontraram. Nesta quinta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros assinaram um acordo com vista à reabertura das respectivas representações diplomáticas: embaixadas em Riade e Teerão, e consulados em Jeddah e Mashhad. Os dois países admitem não ficar por aqui. Num comunicado comum, as duas nações afirmaram estarem dispostas a eliminar todos os obstáculos para uma maior cooperação entre os dois territórios.

As próximas etapas deverão ser a retoma dos voos directos entre o Irão e a Arábia Saudita, uma maior latitude em relação aos vistos, e visitas das delegações oficiais e dos representantes do sector dos negócios. O Rei Salman já convidou o Presidente iraniano a estar presente em território saudita, mas ainda não há nenhuma data nem hora prevista.

Este encontro na China mostra que há avanços na aproximação entre as duas nações. Eles admitem que esta cooperação vai reforçar a segurança e a estabilidade no Médio Oriente.

Esta aproximação poderá traduzir-se também por avanços no caso do Iémen onde os dois países apoiam lados diferentes.

No entanto, as duas nações têm interesses também diferentes, o que significa que a solidez desta aproximação depende muito do peso político da China e poderá verificar-se apenas ao longo do tempo.

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