Acesso ao principal conteúdo
China / Arábia Saudita

Presidente chinês Xi Jinping enceta visita de 3 dias à Arábia Saudita

O Presidente chinês Xi Jinping chegou esta quarta-feira à tarde em Riade, capital da Arábia Saudita onde efectua uma visita oficial de 3 dias, durante a qual deverá efectuar contactos com as autoridades centradas nomeadamente sobre as questões energéticas, numa altura em que o mundo atravessa uma crise nesta matéria devido ao conflito na Ucrânia.

O presidente chinês Xi Jinping à chegada a Riade, na Arábia Saudita, neste dia 7 de Dezembro de 2022.
O presidente chinês Xi Jinping à chegada a Riade, na Arábia Saudita, neste dia 7 de Dezembro de 2022. VIA REUTERS - SAUDI PRESS AGENCY
Publicidade

Esta visita apresentada por Pequim como sendo a «maior actividade diplomática entre a China e o mundo Árabe desde a fundação da República Popular da China» é a primeira visita de Xi Jinping ao país desde 2016 e a sua terceira deslocação fora da China desde o início da pandemia.

No âmbito desta deslocação, estão previstos encontros entre o chefe de Estado chinês e o rei Salman e com o Príncipe herdeiro Mohammed Ben Salman, estando igualmente em agenda uma cimeira na sexta-feira com os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo, bem como um outro encontro com líderes árabes.

A questão da energia deveria dominar os contactos do líder da segunda economia mundial e principal importador de petróleo com os dirigentes daquele que é o principal país produtor de ouro negro do globo.

Segundo observadores, para além da conjunção de interesses entre a Arábia Saudita e a China em matéria energética, um certo número de acordos deveriam ser assinados, nomeadamente em matéria de equipamentos de alta tecnologia chinesa que deveriam ser utilizados no 'NEOM', a cidade futurista de 500 mil milhões de Dólares que o príncipe herdeiro saudita pretende erguer.

De acordo com oficiais sauditas, o país absorveu mais de 20% dos investimentos chineses no mundo árabe entre 2002 e 2020 o que torna este reino o principal parceiro de Pequim a nível regional.

Para além de um aspecto económico, esta visita reveste igualmente um aspecto geopolítico forte no momento em que a ofensiva russa na Ucrânia e também os conflitos na zona do golfo rebateram as cartas das alianças a nível mundial.

Um aspecto que não escapará em particular aos Estados Unidos envolvido em diferendos comerciais com a China e que, por outro lado, também vê com maus olhos a recente decisão da OPEP manter a diminuição da sua produção de petróleo, com o objectivo declarado de «estabilizar o mercado».

A decisão do bloco onde a Arábia Saudita assume um papel preponderante, foi denunciada por Washington como sendo «um alinhamento com a Rússia», numa altura em que ocidente tem tentado aplicar sanções a Moscovo em todos os domínios, nomeadamente a energia.

Neste contexto, as relações entre os Estados Unidos e Riade têm sido mais distantes, Biden tendo chegado a afirmar que iria «reavaliar» as relações entre os dois países.

Por sua vez, Riade considera que o seu tradicional aliado, Washington, não preencheu totalmente o seu caderno de encargos em matéria de segurança, depois dos ataques efectuados contra o seu território a partir do vizinho Iémen por rebeldes hutis, em Setembro de 2019.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.