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Ucrânia/Rússia/China

Fim da visita do Presidente chinês a Moscovo com pano de fundo de novos ataques

Terminou a visita de Xi Jinping à Rússia. O Presidente russo e o seu homólogo chinês selaram ontem em cimeira o estreitar dos seus laços, nomeadamente em termos económicos, mas também em termos políticos, com Putin a considerar que o plano de paz para a Ucrânia proposto por Pequim pode ser uma base de conversações. No terreno, a violência continua, as autoridades ucranianas tendo conta de pelo menos 4 mortos num ataque com drones contra um liceu profissional nas imediações de Kiev.

Edifício atingido por bombardeamentos russos, segundo as autoridades ucranianas, em Zaporijia no sudeste da Ucrânia neste dia 22 de Março de 2023.
Edifício atingido por bombardeamentos russos, segundo as autoridades ucranianas, em Zaporijia no sudeste da Ucrânia neste dia 22 de Março de 2023. REUTERS - STRINGER
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Segundo as autoridades ucranianas, pelo menos 4 pessoas morreram e mais de 200 outras foram evacuadas depois de um ataque com drones esta madrugada num liceu profissional perto de Kiev. A mesma fonte indica que a Rússia atirou um total de 21 drones iranianos e que a Ucrânia abateu uns 16. Noutro ponto, as autoridades locais de Zaporijia, no sudeste da Ucrânia, indicam que pelo menos uma pessoa morreu e outras 25 ficaram feridas num ataque russo contra um prédio de habitação.

Por seu lado, na Crimeia anexada por Moscovo, o governador de Sebastopol indicou hoje que a marinha russa repeliu um ataque com drones que não terão provocado vítimas nem danos materiais. Ao garantir que a "situação está sob controlo", a mesma fonte refere que foram destruídos 3 engenhos.

Neste sentido e numa altura em que a Rússia denuncia um número crescente de ataques contra o seu território, o ministro russo da defesa anunciou prever este ano a modernização da defesa antiaérea de Moscovo.

Isto sucede no momento em que o Presidente chinês acaba de hoje de deixar Moscovo ao cabo de dois dias de visita oficial, uma deslocação durante a qual Xi Jinping e o seu homólogo celebraram a sua relação qualificada de "especial", nomeadamente no sector económico e também a nível político.

O estreitar desses laços não deixou de ser condenado por alguns países aliados da Ucrânia, o que o Kremlin aliás disse hoje "não estranhar". A Polónia qualificou de "perigoso" o eixo Rússia-China e a Casa Branca considerou que a China não pode fazer de conta que é "imparcial" no que diz respeito à Ucrânia.

Noutro aspecto, os Estados Unidos anunciaram ainda ontem que vão acelerar a entrega à Ucrânia de tanques de última geração. O FMI, por sua vez, anunciou um plano de ajuda de mais de 15 mil milhões de dólares para a reconstituição da economia da Ucrânia.

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