Fim da visita do Presidente chinês a Moscovo com pano de fundo de novos ataques
Terminou a visita de Xi Jinping à Rússia. O Presidente russo e o seu homólogo chinês selaram ontem em cimeira o estreitar dos seus laços, nomeadamente em termos económicos, mas também em termos políticos, com Putin a considerar que o plano de paz para a Ucrânia proposto por Pequim pode ser uma base de conversações. No terreno, a violência continua, as autoridades ucranianas tendo conta de pelo menos 4 mortos num ataque com drones contra um liceu profissional nas imediações de Kiev.
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Segundo as autoridades ucranianas, pelo menos 4 pessoas morreram e mais de 200 outras foram evacuadas depois de um ataque com drones esta madrugada num liceu profissional perto de Kiev. A mesma fonte indica que a Rússia atirou um total de 21 drones iranianos e que a Ucrânia abateu uns 16. Noutro ponto, as autoridades locais de Zaporijia, no sudeste da Ucrânia, indicam que pelo menos uma pessoa morreu e outras 25 ficaram feridas num ataque russo contra um prédio de habitação.
Por seu lado, na Crimeia anexada por Moscovo, o governador de Sebastopol indicou hoje que a marinha russa repeliu um ataque com drones que não terão provocado vítimas nem danos materiais. Ao garantir que a "situação está sob controlo", a mesma fonte refere que foram destruídos 3 engenhos.
Neste sentido e numa altura em que a Rússia denuncia um número crescente de ataques contra o seu território, o ministro russo da defesa anunciou prever este ano a modernização da defesa antiaérea de Moscovo.
Isto sucede no momento em que o Presidente chinês acaba de hoje de deixar Moscovo ao cabo de dois dias de visita oficial, uma deslocação durante a qual Xi Jinping e o seu homólogo celebraram a sua relação qualificada de "especial", nomeadamente no sector económico e também a nível político.
O estreitar desses laços não deixou de ser condenado por alguns países aliados da Ucrânia, o que o Kremlin aliás disse hoje "não estranhar". A Polónia qualificou de "perigoso" o eixo Rússia-China e a Casa Branca considerou que a China não pode fazer de conta que é "imparcial" no que diz respeito à Ucrânia.
Noutro aspecto, os Estados Unidos anunciaram ainda ontem que vão acelerar a entrega à Ucrânia de tanques de última geração. O FMI, por sua vez, anunciou um plano de ajuda de mais de 15 mil milhões de dólares para a reconstituição da economia da Ucrânia.
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