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Ucrânia

Bakhmut, no leste da Ucrânia, sob fogo contínuo da Rússia

Três homens e duas mulheres morreram, nove outras pessoas foram feridas e edifícios foram destruídos durante um bombardeamento russo ontem contra um bairro residencial de Bakhmut, epicentro dos combates no leste da Ucrânia há largas semanas, indicaram as autoridades locais.

Voluntários ucranianos na frente da Batalha de Bakhmut, no dia 9 de Fevereiro de 2023.
Voluntários ucranianos na frente da Batalha de Bakhmut, no dia 9 de Fevereiro de 2023. REUTERS - STRINGER
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Continua a luta pelo controlo da cidade de Bakhmut, sob fogo intenso da Rússia. Uma situação perante a qual ainda ontem a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Verechtchuk, exortou a população a fugir daquela cidade, outrora com 70 mil habitantes, dando conta da sua surpresa por ainda lá se encontrarem cerca de 6 mil civis."Aqueles que optam por permanecer em Bakhmut, estão a colocar-se em perigo e a colocar em perigo os seus familiares", considera a governante para a qual estas pessoas "impedem as forças de defesa e segurança ucranianas de fazer correctamente o seu trabalho na cidade".

Do lado russo, Evgueni Prigojine, chefe do grupo paramilitar russo Wagner activo no terreno, reconheceu que a Ucrânia tem estado a resistir mas considerou por outro lado que Bakhmut poderia cair nas mãos de Moscovo por volta de Março ou Abril. "É preciso cortar todas as vias de abastecimento" ucranianas, explicou o dirigente de Wagner.

Neste contexto de guerra de desgaste, ainda ontem, em declarações à imprensa, o Presidente ucraniano deu conta da sua firme oposição a uma cedência de territórios à Rússia que a seu ver encorajaria o "seu regresso" e iria "enfraquecer a Ucrânia enquanto Estado". Por sua vez, o secretário-geral da NATO considerou que era preciso os aliados "estarem preparados para o longo prazo, porque isto pode durar vários anos".

Dois dias depois da União Europeia ter anunciado estar a preparar um décimo pacote de sanções contra a Rússia juntamente com os seus aliados, foi a vez ontem de os Estados Unidos evocarem esta perspectiva. De acordo com Victoria Nuland, Secretária de Estado adjunta para os assuntos políticos, por volta do dia 24 de Fevereiro, altura em que estará a fazer um ano que a Rússia lançou a sua ofensiva, vai surgir este novo conjunto de sanções que deveriam "aprofundar e alargar certas categorias de medidas já adoptadas, particularmente para limitar o fluxo de tecnologias rumo à indústria de defesa russa". Ainda segundo esta alta responsável, este novo pacote deveria igualmente visar determinadas figuras, reforçar restrições bancárias e afectar países que ajudam a Rússia a contornar as sanções.

Refira-se, noutro aspecto, que de acordo com o jornal 'Le Monde' que o grupo de grande distribuição francês Auchan "parece estar a contribuir para o esforço de guerra russo", acusações que causam "muito espanto" à direcção da empresa que refere estar a verificar as alegações contidas na investigação do jornal. Segundo documentos obtidos pelo vespertino, o grupo que não chegou a deixar a Rússia após o início do conflito, contrariamente a outras empresas, entregou gratuitamente ao exército russo mercadorias como "milhares de cigarros, meias de lã com o tamanho 43 ou 44, cartuchos de gás, guisado de porco enlatado, machados e pregos, tudo proveniente dos seus armazéns".

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