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Ucrânia

Dia das vítimas do Holocausto marcado pelo conflito entre Moscovo e Kiev

Por ocasião hoje da comemoração do Dia Internacional das vítimas do Holocausto, o Presidente ucraniano considerou que "a indiferença e o ódio" continuam a matar, aludindo indirectamente à ofensiva russa no seu país. Por sua vez, o seu homólogo russo acusou "os neonazis ucranianos de cometer crimes contra civis", um argumento que tem sido frequentemente usado para justificar a acção armada na Ucrânia.

O Presidente russo Vladimir Putin, na sua residência de Novo-Ogaryovo, perto de Moscovo, neste dia 27 de Janeiro de 2023.
O Presidente russo Vladimir Putin, na sua residência de Novo-Ogaryovo, perto de Moscovo, neste dia 27 de Janeiro de 2023. via REUTERS - SPUTNIK
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O dia 27 de Janeiro, Dia Internacional dedicado à memória das vítimas do Holocausto, em memória do dia da libertação há 78 anos do campo de Auschwitz pelas tropas soviéticas foi, este ano, uma ocasião para os Presidentes da Rússia e da Ucrânia trocarem acusações, em pleno conflito entre os dois países.

"Esquecer as lições da História leva à repetição de terríveis tragédias. A prova disso são os crimes contra os civis, a limpeza étnica e as acções punitivas organizadas pelos neonazis na Ucrânia", disse Vladimir Putin num comunicado declarando que "é contra este mal que os soldados russos lutam corajosamente".

Não é a primeira vez que Vladimir Putin denuncia «o genocídio» de que seriam vítimas as populações russófonas do leste da Ucrânia. "Qualquer tentativa de rever a contribuição do nosso país para a Grande Vitória equivale, na realidade, a justificar os crimes do nazismo e abre o caminho para o ressurgimento da sua ideologia assassina", martelou ainda o chefe do Kremlin no seu comunicado.

Por seu lado, sem mencionar directamente a ofensiva russa, Vlodymyr Zelensky disse num vídeo divulgado hoje nas redes sociais que "hoje, como nas vezes anteriores, a Ucrânia presta homenagem à memória dos milhões de vítimas do Holocausto. Sabemos que, juntas, a indiferença e o ódio matam".

Entretanto, no terreno, está actualmente em curso uma batalha "feroz" pelo controlo de Vougledar, cidade mineira de 15 mil habitantes situada no leste da Ucrânia.

O chefe da ocupação russa da região de Donetsk, no leste do país, afirmou ontem "estar à espera de boas notícias" de Vougledar. Uma reacção "exagerada" segundo Kiev.

No campo político-militar, depois de a Alemanha ter dado luz verde esta semana para a entrega de tanques ‘Leopardo’ à Ucrânia, a Polónia anunciou que vai entregar mais 60 carros de assalto para além dos 14 ‘Leopardos’ já prometidos. Por sua vez, a Bélgica anunciou novos financiamentos para a aquisição de mísseis, armas automáticas e munições à Ucrânia.

Também nesta sexta-feira, Bruxelas renovou por mais seis meses as sanções económicas contra Moscovo.

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