533 jornalistas detidos no mundo, repressão aumenta
Novo recorde de jornalistas encarcerados no mundo, a maioria deles encontra-se na Ásia e no Médio Oriente. O nmero de jornalistas assassinados também aumentou, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia, segundo o relatório anual da RSF, organização que defende a liberdade de imprensa no mundo.
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533 jornalistas estão atualmente detidos à volta do mundo, são mais 40 do que no ano passado, em que já se registava um nível histórico.
Mais de metade deles encontra-se em cinco países: China (a maior prisão de jornalistas no mundo, com 110 detenções), Mianmar, Irão, Vietname e Bielorrussia.
O Irão é o único país que não constava nesta lista no ano passado. Desde o início do movimento de contestação, em setembro, a República Islâmica deteve um número "sem precedentes" de jornalistas nos últimos vinte anos.
A repressão aumentou também na Rússia, onde, para além de 18 detenções actualmente, quase todos os meios de comunicação independentes foram fechados ou bloqueados, depois da invasão à Ucrania. Os que permanecem no país são levados a trabalhar na clandestinidade e arriscam-se a 15 anos de prisão, se divulgarem aquilo que o Kremlin considera serem "falsas informações".
Outra novidade este ano, o número de mulheres jornalistas encarceradas (78). Elas representam agora 15% de todas as detenções e este número nunca foi tão elevado.
Por fim, o número de jornalistas mortos também aumentou, subindo para quase 60 este ano, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia.
Os temas mais arriscados a abordar para os jornalistas são as zonas de guerra, as investigações sobre o crime organizado, como tráficos de droga ou violência entre gangues, os casos de corrupção, e por fim, as manifestações.
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