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Sri Lanka

Presidente do Sri Lanka forçado a abandonar residência oficial tomada por manifestantes

O Presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, abandonou hoje o Palácio presidencial em Colombo, capital do país, após a residência oficial ser invadida por centenas de pessoas no seguimento de manifestações devido à crise económica que está a causar escassez de combustíveis, electricidade e alimentos.

O Presidente Gotabaya Rajapaksa foi forçado a abandonar a sua residência oficial que foi tomada pelos manifestantes.
O Presidente Gotabaya Rajapaksa foi forçado a abandonar a sua residência oficial que foi tomada pelos manifestantes. REUTERS - DINUKA LIYANAWATTE
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O primeiro ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, já veio garantir que o Presidente Gotabaya Rajapaksa está a salvo num local secreto, após a sua residência oficial, em Colombo, na capital do país, ter sido invadida por centenas de pessoas esta manhã.

A guarda presidencial ainda terá atirado alguns tiros para o ar, tentando dissuadir os manifestantes, mas não serviu de nada, com as pessoas a escalarem as vedações, passeando-se depois nos corredores do Palácio presidencial, invadindo os escritórios do chefe de Estado, deitando-se nas camas da residência e dando mergulhos na piscina.

Mesmo após a fuga, o Presidente continua em funções, protegido agora num local secreto por uma unidade militar, com o primeiro-ministro a convocar uma reunião de urgência para discutir uma resolução para a actual crise.

Há vários dias que as manifestações no país juntam milhares de pessoas para exigir a demissão de Gotabaya Rajapaksa, que muitos habitantes culpam pela actual crise económica que levou ao aumento exponencial da inflação, levando à escassez de combustíveis, electricidade e alimentos.

De forma a desencorajar as manifestações, as autoridades tinham imposto na sexta-feira um recolher obrigatório, mas tanto os partidos da oposição, como os defensores dos direitos humanos e vários advogados interpuseram acções judiciais contra esta medida, levando ao seu abandono. 

A ONU estima que actualmente no país 80% da população deixe de fazer uma refeição devido a esta crise que levou ao aumento generalizado dos preços.

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