Sri Lanka: violência alastra, mesmo após demissão do primeiro-ministro
No Sri Lanka o ministro da defesa ordenou hoje que se disparasse contra quem estivesse envolvido em saques ou agressões a entidades do regime.
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Nesta segunda-feira confrontos tinham, mesmo, feito 5 mortos e mais de 225 feridos.
O primeiro-ministro tinha anunciado a sua demissão, mas o exército teve que o evacuar da sua residência oficial em Colombo quando manifestantes tentavam derrubar um portão da sua casa.
Os motins continuam a exigir a demissão inclusive do presidente.
A Alta comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, afirmou-se profundamente consternada pelos motins entre apoiantes e detractores do regime.
Grupos contra o governo bloquearam hoje o trânsito na estrada principal ligando o aeroporto à capital para impedir a fuga do primeiro-ministro ou de familiares e colaboradores.
A ilha de 22 milhões de habitantes continua, porém, em recolher obrigatório e em estado de emergência.
Em causa uma vaga de contestação sem precedentes desde a independência devido à grave crise económica com que o país se debate.
Por ora o presidente, Gotabaya Rajapaksa, mantém-se em funções. Analistas alegam que o futuro executivo terá, porém, que tomar medidas impopulares para recuperar a economia em ruínas da antiga Ceilão.
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