EUA: Milhares de pessoas manifestam-se por maior controlo na venda de armas
Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado, 11 de Junho, em várias cidades norte-americanas por um controlo mais apertado da venda de armas. Nas últimas semanas, o país tem sido assolado por vários tiroteios.
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A 24 de Maio, um jovem de 18 anos entrou na escola primária Robb, na cidade de Uvalde, no Estado do Texas e matou a tiro 19 crianças e duas professoras. O autor do massacre acabou depois por ser abatido pelas autoridades. Este foi o pior tiroteio dos últimos 10 anos, em escolas norte-americanas.
Esta não é, contudo, uma situação isolada. Os EUA têm sido palco, nas últimas semanas, de vários tiroteios. Dias antes, um jovem, também de 18 anos matou dez pessoas negras, em Bufallo, no Estado de Nova Iorque.
Para tentar evitar que situações semelhantes se repitam, milhares de pessoas saíram às ruas para participarem no movimento “Marcha pelas nossas vidas”, que pede um controlo mais apertado da venda de armas.
Nas redes sociais, o Presidente americano demonstrou apoio aos manifestantes e reiterou o seu apelo ao congresso.
“Junto-me a eles para reiterar o meu apelo ao Congresso: façam alguma coisa”, pediu Joe Biden.
O chefe de Estado americano já prometeu tomar medidas contra o uso abusivo de armas, mas os Conservadores opõem-se.
Recentemente, a Câmara dos Representantes votou uma lei que proíbe a venda de espingardas semiautomáticas a menores de 21 anos. Para que a lei seja aprovada, é necessário que dez conservadores se juntem aos democratas, um cenário que se antevê como pouco provável.
De salientar que, desde o início do ano, mais de 17 mil pessoas foram mortas a tiro, de acordo com o "Gun Violence Archive”. Segundo estudos recentes, nos EUA, um em cada três adultos possui pelo menos uma arma de fogo.
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