Nova ronda de negociações entre ucranianos e russos
Uma delegação ucraniana deve iniciar uma nova ronda de negociações com os russos na Bielorrússia esta quinta-feira, 2 de Março. Ao oitavo dia de ofensiva militar russa na Ucrânia, as autoridades de Kiev confirmaram a tomada de Kherson pelos russos, enquanto a cidade portuária de Mariupol é alvo de intensos combates.
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Uma nova ronda de negociações, com vista a um cessar-fogo, deve iniciar hoje na Bielorrússia. As discussões desta segunda-feira não produziram resultados.
Em entrevista ao canal de televisão português SIC, o analista político português Germano Almeida defendeu que estas negociações não têm credibilidade, salientando que “só com negociações de boa-fé este conflito, que não pára de escalar, pode ser travado”.
Nestas negociações Moscovo exige "o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia, a conclusão da desmilitarização e desnazificação do Estado ucraniano e a garantia de seu status neutro", como pré-requisito para qualquer acordo.
Por sua vez, a Ucrânia exige a Moscovo a retirada total russa do Donbass. O conselheiro do Presidente ucraniano referiu à agência ucraniana Ukrinform que o objetivo imediato no novo encontro é a criação de corredores humanitários na Ucrânia. Volodymyr Zelensky que voltou a apelar ao fim da ofensiva militar russa no país.
Ao oitavo dia de ofensiva militar russa na Ucrânia, as autoridades de Kiev confirmaram a tomada de Kherson pelos russos, enquanto a cidade portuária de Mariupol é alvo de intensos combates. Moscovo reivindica ainda o controlo da área da Central Nuclear de Zaporizhzhia.
As autoridades de Kiev afirmam que mais de 2.000 civis perderam a vida, incluindo crianças. A Rússia fala em 498 soldados mortos e 1.597 feridos desde o início da ofensiva na Ucrânia.
Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, desde o início da ofensiva militar russa, lançada na madrugada de 24 de Fevereiro, na Ucrânia.
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