Acesso ao principal conteúdo
UNESCO/Cultura

UNESCO inclui mais tradições africanas no património cultural de humanidade

Depois de ter incluído a rumba congolesa na lista do património cultural imaterial da humanidade, a Unesco aprovou também o Thiébou dieune, prato nacional senegalês, a  moutya, dança dos africanos escravizados que foram levados para as ilhas Seychelles, assim como a tbourida, arte equestre marroquina, baseada numa tradição guerreira.

O prato nacional senegalês Thiébou dieune, aqui na receita  de Saint-Louis, foi aprovado a 15 de Dezembro de 2021 pela Unesco, património cultural da humanidade.
O prato nacional senegalês Thiébou dieune, aqui na receita de Saint-Louis, foi aprovado a 15 de Dezembro de 2021 pela Unesco, património cultural da humanidade. Cécile Lavolot / RFI
Publicidade

Cenouras, beringelas, couve branca, cebolas, alho, peixe, batata doce, nabos, pimento e arroz, eis os ingredientes que fazem parte do Thiébou dieune, prato nacional  senegalês, que a partir de 15 de Dezembro de 2021 faz parte da culinária da humanidade, segundo os critérios do departamento do património cultural  imaterial da  UNESCO.

O dossier apresentado à UNESCO pelo ministério da Cultura do Senegal, em Outubro de 2020,  especifica que a receita do Thiébou dieune se transmite de mãe para filha ou filho e varia de região para região.

De acordo com a tradição, o prato do Senegal pode ser comido com as mãos ou com os talheres tradicionais. Em wolof, língua nacional senegalesa, o prato é pronunciado Ceebu Jën.

A história reza que o Thiébou dieune foi criado pela senegalesa Penda Mbaye. Nigerinos e ganeses reivindicam parte da paternidade do prato, mas o debate foi encerrado pela UNESCO, que se baseou nas investigações do Senegal.

Fatima Niang e Alpha Amadou Sy, escreveram o  livro " Ceebu Jën um património muito senegalês", tradução livre de "Le Ceebu jën, un patrimoine bien sénégalais".

Moutya, um estilo de dança, criado pelos africanos escravizados nas ilhas Seychelles,  também foi incluída na lista do património cultural imaterial da UNESCO.

A dança chegou ao arquipélago do Oceano Indico, com os africanos escravizados levados por colonos franceses, no século XVIII.

A Moutya, era inicialmente dançada à volta de uma fogueira, em plena floresta, na calada da noite. A dança expressava uma forma de resistência dos africanos à escravidão e permitia-lhes partilhar o sofrimento e cantar sobre as suas dificuldades.Ela é acompanhada por percussões, triângulos  de metal, panelas e outros utensílios.

 No decurso da mesma dançarinas e dançarinos balanceiam os seus quadris e batem com os pés no chão.

A tbourida, arte equestre marroquina, baseada numa velha tradição guerreira berbere, foi  também incluída a 15 de Dezembro de 2021, no património cultural imaterial da UNESCO.

Bastante popular nas zonas rurais de Marrocos, a tbourida é uma carga de cavalaria que termina  por um tiro sincronizado de mosquetes.

O  espectáculo está associado às festividades do reino de Marrocos.

Segundo fontes históricas, a tbourida data do século XVI. 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.