Acesso ao principal conteúdo
Estados Unidos / Rússia

Joe Biden diz pensar que Vladimir Putin é "um assassino"

Numa entrevista hoje na televisão americana, o presidente Joe Biden disse pensar que o seu homólogo russo é "um assassino" e prometeu que ele "iria pagar as consequências dos seus actos", isto numa altura em que os serviços secretos americanos acabam de publicar um relatório dando conta de alegadas tentativas de interferências da Rússia nas últimas presidenciais nos Estados Unidos.

O presidente americano, Joe Biden, diz pensar que o seu homólogo russo, Vladimir Putin é "um assassino".
O presidente americano, Joe Biden, diz pensar que o seu homólogo russo, Vladimir Putin é "um assassino". AFP - ERIC BARADAT,PAVEL GOLOVKIN
Publicidade

"Verão em breve o preço que ele vai pagar", declarou o presidente americano referindo-se a Vladimir Putin a quem ele afirma ter formulado avisos. "Atacar o nosso presidente é um ataque contra a Rússia", retorquiu nas redes sociais Viatcheslav Volodine, presidente da câmara dos deputados e próximo do Presidente russo.

Estas trocas coincidem com o anúncio hoje pela administração americana de novas restrições às exportações rumo à Rússia, no âmbito do conjunto de sanções já em vigor desde o dia 2 de Março contra altos responsáveis russos, em elo com a tentativa de envenenamento do opositor Alexeï Navalny no ano passado.

Isto acontece também pouco depois da publicação ontem de um relatório dos serviços secretos americanos indicando que o executivo russo tentou influenciar a percepção dos eleitores americanos sobre o então candidato às presidenciais Joe Biden, em proveito do antigo presidente e candidato derrotado Donald Trump. De acordo com este documento de 15 páginas, o Kremlin terá difundido informações falsas sobre o actual presidente americano e agentes russos terão igualmente incitado personalidades próximas de Trump a espalharem desinformação sobre o seu adversário e seus familiares, nomeadamente o seu filho, Hunter Biden.

Acusações desmentidas por Moscovo referindo que não têm nenhuma base factual e que "são apenas confirmadas pela confiança dos serviços secretos na sua própria hipocrisia".

Noutra vertente, o relatório dos serviços de inteligência americanos também indica que o Irão tentou igualmente actuar, desta vez a favor de Joe Biden, durante as eleições, nomeadamente através do envio de falsas cartas de ameaças contra eleitores democratas, missivas que na altura foram atribuídas ao grupo de extrema-direita 'Proud Boys'.

Já relativamente à China, pais frequentemente acusado de espionagem, este documento afasta o cenário de uma tentativa de interferência de Pequim nas eleições americanas. "A China procura a estabilidade nas relações com os Estados Unidos e não considerou nenhum dos possíveis desfechos eleitorais vantajoso o suficiente para se expor a retaliações no caso de ser detectada", concluiu o relatório dos serviços secretos americano assegurando ainda que nenhumas das alegadas tentativas de ingerência tiveram efeito sobre os resultados eleitorais.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.